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A situação é descrita pela Anvisa como "emergência epidemiológica” nunca vista no Brasil nem no exterior. Desde 2001, já foram registrados 2.025 casos de infecção por micobactérias em 14 Estados, a maioria após videolaparoscopias abdominais (72%), seguidas por cirurgias pélvicas, ortopédicas e plásticas. Devido à urgência do tema, a videoconferência desta semana do projeto Sentinela sofreu alteração, abrindo espaço para discutir a problemática.
Semanalmente os profissionais da Santa Casa de Maceió e de outras entidades que atuam no setor saúde se reúnem no Centro de Estudos da instituição para acompanhar as transmissões do Projeto Sentinela. As palestras, irradiadas para todo o País a partir de um estúdio montado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, abrem espaço para interação com os participantes por meio de sala de bate-papo, e-mail e telefone. Em Alagoas, o Hospital Universitário e a Santa Casa de Maceió são os dois únicos hospitais da rede.
A videoconferência desta terça-feira (26/08) será realizada no auditório do Centro de Estudos da Santa Casa de Maceió, das 11h às 12h, com duas palestras. Na primeira, o médico infectologista da Anvisa, Leandro Queiroz Santi, apresentará os principais aspectos de contaminação por micobactéria e seu controle pelos hospitais. No segundo painel será a vez da enfermeira Maria Angela Avelar Nogueira, também da Anvisa, enfocar o controle de esterilização do material médico-hospitalar para prevenir o surgimento de micobactérias.
Conforme explicou a gerente de Risco e Infecção Hospitalar, Tereza Tenório Freitas, a Rede Sentinela visa à obtenção de informação ou notificação de eventos relacionados a produtos de saúde, assim como a melhoria da qualidade de serviços hospitalares oferecidos à população.