Santa Casa apóia vacinação contra rubéola com ênfase nos homens
A Santa Casa de Maceió entrou na campanha de vacinação contra a rubéola ao disponibilizar a vacina para os seus colaboradores. A iniciativa visa, sobretudo, facilitar o acesso do público masculino, que este ano é o foco principal do Ministério da Saúde.
De acordo com números parciais da campanha, apenas 9,9 milhões de homens foram vacinados, o que representa 28,6% da meta estabelecida para o sexo masculino. Dentre as mulheres, mais de 13,2 milhões já tomaram a vacina, um percentual de 37,5% da meta definida para esse público.
Apesar de dirigida a homens e mulheres, a campanha tem como principal alvo o público masculino na faixa etária dos 20 aos 39 anos. Em anos anteriores, os homens foram excluídos da imunização, resultando em muitos casos de gestantes contaminadas pelos próprios maridos ou parentes. A vacinação prossegue até o dia 12 de setembro.
A doença
A rubéola é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus que atinge principalmente as crianças. A preocupação é maior com as mulheres grávidas, particularmente no primeiro trimestre. As mães podem passar a doença para o feto provocando aborto ou o nascimento de crianças com síndrome da rubéola congênita, que pode causar deficiência auditiva, lesões oculares (retinopatia, catarata, glaucoma), malformações cardíacas e alterações neurológicas.
Os principais sintomas da rubéola, que perduram aproximadamente 3 dias, são febre, surgimento de ínguas (inchaço dos gânglios linfáticos) e manchas na pele. O problema é que a doença pode apresentar-se de forma “subclínica” (quando o paciente praticamente não sente nada). A doença se adquire através da inalação de gotículas de secreção nasal de pessoas contaminadas que contém o vírus ou via sangüínea, no caso do feto, a partir da mãe grávida.
Os períodos mais “contaminantes” ocorrem desde 10 dias antes do aparecimento das manchas até 15 dias após o seu surgimento. Crianças nascidas com rubéola, por contágio da mãe grávida (rubéola congênita), podem permanecer fonte de contágio por muitos meses.
Após o contágio leva-se em média 18 dias até ter o primeiro sintoma (período de incubação). A apresentação inicial é em geral muito semelhante a uma gripe comum e dura de 7 a 10 dias com febre, dores nos músculos e articulações, prostração, dores de cabeça e corrimento nasal transparente até o surgimento das ínguas e posteriormente as manchas na pele, que duram 3 dias e desaparecem sem deixar seqüelas.
Não há tratamento específico antiviral. Poucos pacientes demandam tratamentos sintomáticos, em geral analgésicos comuns controlam as dores articulares e musculares ou febre.
Para diminuir a circulação do vírus da rubéola, a vacinação é muito importante, a qual é recomendada de rotina aos 15 meses de idade e para todos os adultos que ainda não tiveram contato com a doença. Gestantes não podem ser vacinadas e as mulheres vacinadas devem evitar a gestação até o mês seguinte à vacinação. É importante que todas as crianças e adultos devem ficar afastados de outras pessoas durante o período da doença.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a doença está controlada em Alagoas, onde foram registrados apenas cinco casos, quatro deles em Maceió. Há estados, porém, que apresentam surto, como Rio Grande do Sul, Paraíba e o Distrito Federal, por isso a importância de se vacinar. Quem já se vacinou pode tomar a vacina novamente e quem já teve rubéola também pode se imunizar. Uma orientação importante para os pais, é avaliar se a criança não apresenta sintomas da rubéola antes de enviá-la para a escola.
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