Encontro nacional de hospitais discute segurança do paciente
Mais de 300 profissionais estiveram reunidos em São Paulo para trocar experiências sobre o que os hospitais públicos e privados estão fazendo para aumentar a segurança dos pacientes e melhorar a qualidade dos serviços.
O 10º Encontro Nacional de Hospitais da Rede Sentinela reuniu gestores de risco de 210 hospitais brasileiros, dentre eles a médica Tereza Tenório (foto), que responde pela Gerência de Risco e Infecção Hospitalar da instituição. Em Alagoas, dois hospitais integram a Rede Sentinela, o Hospital Universitário e a Santa Casa de Maceió.
Também participaram do evento diversos palestrantes internacionais, além de técnicos de vigilâncias sanitárias, pesquisadores e representantes do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Os profissionais brasileiros conheceram as experiências de duas instituições canadenses apontadas como referência em segurança do paciente: Safer Health Care Now, da província de Alberta e Centre for Global Health Innovation, ligado à universidade de Toronto.
Além da apresentação de experiências nacionais e internacionais bem sucedidas, foram abordados temas, como a acreditação de hospitais e a avaliação de novas tecnologias em saúde, temas que, segundo Tereza Tenório, são destaque no planejamento estratégico da Santa Casa.
Foram discutidas também a evolução e a qualidade da produção de notificações de eventos adversos (efeitos não desejados decorrentes do uso) e de queixas técnicas (suspeitas de alteração ou irregularidade de um produto) por parte dos hospitais.
O encontro contou com a presença da chefe do Núcleo de Gestão do Sistema Nacional de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária (Nuvig), Luiza de Marilac Meireles, e do ex-diretor-presidente da Anvisa e atual superintendente corporativo do Hospital Sírio-Líbanês, Gonzalo Vecina Neto.
Simultaneamente, ocorreu o encerramento do curso de pós-graduação “Saúde Baseada em Evidências”, resultado de uma parceria entre a Agência Nacional de Vigilãncia Sanitária (Anvisa) e o Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) do Hospital Sírio-Líbanês. O curso formou 957 alunos em 23 estados brasileiros. O objetivo do curso foi capacitar os profissionais da Rede Sentinela para a análise crítica da efetividade e segurança dos tratamentos médicos atualmente disponíveis.
Hospitais Sentinelas
Criada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a Rede de Hospitais Sentinelas constitui uma rede nacional de hospitais, cuja finalidade é a notificação ativa e qualificada de queixas técnicas e eventos adversos relacionados a materiais médico-hospitalares, equipamentos eletro-eletrônicos, medicamentos, sangue e hemoderivados, saneantes e kits diagnósticos.
As notificações geradas dentro dos hospitais são encaminhadas à Anvisa por meio do Sistema de Notificações em Vigilância Sanitária (Notivisa). Em 2007, as instituições de saúde (hospitais e clínicas) foram responsáveis por 99% (2156) das notificações relacionadas a eventos adversos e 80% (4947) das notificações referentes a queixas técnicas.
O agrupamento e a interpretação das notificações aperfeiçoa o conhecimento sobre os efeitos dos produtos, torna possível alterar recomendações sobre seu uso e cuidados, além de subsidiar ações de proteção à saúde pública. Com informações da Anvisa.
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