Videoconferência atualizará situação do surto de micobactéria no País
O Centro de Estudos da Santa Casa de Maceió sedia manhã (23/09), das 11h ao meio-dia, mais uma videoconferência sobre a Micobactéria de Crescimento Rápido (MCR), mas especificamente a espécie M. massiliense. Esta variante da MCR é responsável pelo surto que vem preocupando hospitais, clínicas e profissionais de saúde e que registrou mais de dois mil casos notificados de infecção em todo o País.
Técnicos de diversos hospitais e clínicas alagoanas deverão estar presentes na videoconferência da Rede Sentinelas em Ação, que contará com a participação do médico infectologista Alberto Chebabo, do Hospital Clementino Fraga Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele vem apresentar os últimos dados e alternativas de soluções para estancar o surto de MCR no País.
Conforme a gerente de Risco e Infecção Hospitalar, Tereza Tenório Freitas, amostras biológicas colhidas em pessoas submetidas a procedimentos invasivos, particularmente em videocirurgias, confirmaram a ocorrência de infecção pela espécie M. massiliense. Este tipo de micobactéria tem crescimento rápido, mas pode se manifestar até dois anos após a cirurgia. “Elas podem causar granulomas ou nódulos, que podem demandar a necessidade de nova intervenção cirúrgica para a sua retirada”, explicou.
“Há um consenso entre os especialistas de que o surto tem raiz em falhas no processo de limpeza, desinfecção e esterilização do material utilizado em intervenções cirúrgicas, principalmente em videocirurgias”, comentou Tereza Tenório, lembrando que não há registro de casos na Santa Casa de Maceió e, segundo a Anvisa, em nenhuma outra instituição alagoana.
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