Gripe A: médica orienta gestantes como evitar contágio de bebês
A infecção pelo vírus influenza A (H1N1), chamada popularmente de gripe suína, é facilmente transmissível entre os seres humanos. O que preocupa pediatras de todo o País, como a neonatologista Délia Herrmann, da Santa Casa de Maceió, é que a gripe vem agravando o quadro clínico e provocando óbitos entre gestantes.
Dos 3.087 casos graves confirmados da doença no País, 283 correspondem a gestantes (9,1%). Já entre os 368 óbitos registrados até 15 de agosto, 46 eram gestantes (12,5%).
“Por fazerem parte de um grupo de alto risco, as gestantes e os recém-nascidos devem ser separados dos demais pacientes sintomáticos ou de outras gestantes saudáveis, caso haja suspeita ou confirmação de diagnóstico”, explicou Déli Herrmann.
Os sintomas da infecção pelo vírus influenza nas gestantes são semelhantes aos apresentados pelos pacientes adultos, como tosse, febre alta, coriza e dor de garganta. Uma grande parte das gestantes pode apresentar a doença como se fosse uma simples gripe, mas, em algumas, o vírus pode evoluir rapidamente para uma pneumonia, abortamento ou trabalho de parto prematuro.
“Caso a gestante apresente sinais de gravidade como confusão mental, baixa de pressão arterial, aumento da frequência respiratória, diarréia, vômitos e desidratação, deverá ser encaminhada para um centro de referência, onde será avaliada para possibilidade de internação”, alertou Délia Herrmann, lembrando que aquelas que não precisarem de internação deverão ficar em observação, com isolamento domiciliar por pelo menos sete dias a partir do inicio dos sintomas.
Os especialistas são unânimes em afirmar que medicação específica, receitada pelo médico, deverá ser iniciada o mais breve possível, preferencialmente até 48 horas após os sintomas, independente da época da gestação, não sendo necessário esperar os resultados dos exames para confirmação do caso.
Outro ponto importante é o tratamento da febre com antitérmico, pois o surgimento deste sintoma pode estar relacionado a problemas no sistema nervoso do feto. Recomenda-se coletar amostras de secreções respiratórias entre o 3º e o 7º dia após o início dos sintomas.
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