Pediatras alertam para o diagnóstico e tratamento da icterícia em bebês
A coloração amarelada da pele do recém-nascido – conhecida como icterícia neonatal – é um dos problemas mais comuns na primeira semana de vida do bebê, porém, se não for devidamente diagnosticada e tratada pode trazer sérias complicações, alertam as pediatras do Instituto da Mulher e do Hospital Nossa Senhora da Guia, Delia Herrmann e Dilma Carvalho.
“Essa condição é encontrada em mais de 60% dos recém-nascidos saudáveis, porém em torno de 8 a 10% evoluem com um aumento importante, causando preocupação e devendo ser bem avaliado pelo médico”, lembrou a neonatologista Délia Herrmann.
Conforme explica Dilma Carvalho, a icterícia neonatal ocorre devido ao aumento de uma substãncia chamada de bilirrubina. “Quando aumentada no sangue, essa substância é depositada na pele, mucosas e em outros tecidos, produzindo essa coloração. Usualmente essa condição é benigna e chamamos de ‘icterícia fisiológica’, porém pode haver complicações para o bebê se existirem fatores de risco, como diferença entre o tipo de sangue da mãe e do recém-nascido, infecção ou outras doenças”, alerta Dilma.
Quando isso acontece pode haver depósito de bilirrubina no cérebro e evoluir para problemas neurológicos graves, como paralisia cerebral, tornando-se, desse modo, um importante problema de saúde pública.
Geralmente a icterícia "fisiológica" inicia-se após o primeiro dia de vida, atingindo seu nível máximo no 4º dia, onde começa a diminuir e permanecendo por uma semana. Alguns fatores podem aumentar a icterícia como: baixo peso ao nascer, prematuridade, perda de peso e prática de amamentação inadequada.
“Quando o recém-nascido está com essa coloração amarelada, deve ser avaliado por um profissional experiente para que seja avaliada a conduta mais adequada”, orientou Délia Herrmann.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Santa Casa de Maceió
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