SUS: Santa Casa tem capacidade para realizar até 2 mil mamografias digitais por mês
O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos nesse grupo. No Brasil, são esperados 49.400 novos casos em 2010, com risco estimado de 49 casos a cada 100 mil mulheres.
Embora seja considerado um câncer de bom prognóstico, trata-se da maior causa de morte entre as mulheres brasileiras, principalmente na faixa entre 40 e 69 anos, com mais de 11 mil mor-tes/ano, segundo dados do Ministério da Saúde (2007). O problema é que na maioria dos casos a doença é diagnosticada em estádios avançados. Já a descoberta precoce da doença faz com que a chance de recuperação seja de até 95%.
Para conscientizar a população sobre a importância dos exames preventivos, nesta sexta-feira (5), foi comemorado o Dia Nacional da Mamografia. O dia foi escolhido por ser o de Santa Ágata, protetora das mamas e padroeira dos mastologistas.
Segundo o coordenador do Serviço de Radiologia da Santa Casa de Maceió, Eglício Viana, a instituição vem fazendo sua parte no esforço para ampliar o número de mamografias no Estado ao dispor de três equipamentos, sendo dois destinados exclusivamente para as pacientes do Sistema Único de Saúde. “Inclusive somos um dos poucos Serviços de Radiologia em Alagoas a contar com mamografia digitalizada no SUS”, destacou Viana.
Com capacidade instalada para realizar até 2 mil mamografias/mês pelo Sistema Único de Sa-úde, a Unidade Docente Assistencial Rodrigo Ramalho vem realizando uma média de 1400 exames mensais, número este reduzido nos meses de dezembro e de janeiro para apenas 600 mamografias devido à falta de guias nos Postos de Saúde. A expectativa é que esse fluxo volte à normalidade de-pois do carnaval.
Números – Segundo o Escritório para a América Latina da Sociedade Americana do Câncer, as chances de sobrevivência das brasileiras diagnosticadas com câncer de mama são de cerca de 40%. Esse valor poderia chegar a 80%, alcançando média semelhante a dos EUA, com a adoção de políti-cas públicas que incentivem a mamografia e permitam o acesso aos tratamentos adequados.
Ainda conforme relatório da entidade, a incidência do câncer de mama tem aumentado por mo-tivos que nem sempre são controláveis, como a menarca precoce e o adiamento da maternidade, mas os índices de mortalidade podem ser reduzidos com diagnóstico precoce e tratamento correto. Um dos problemas, segundo especialistas da ONG, é a demora em se iniciar o tratamento do câncer após o diagnóstico. No Brasil, essa espera seria em média de seis meses.
Idade para começar – No ano passado, uma polêmica em torno da idade correta para se iniciar a mamografia de rotina deixou pacientes confusas no Brasil e nos EUA. Muitos médicos, assim como a Sociedade Americana do Câncer, defendem que o exame seja feito a partir dos 40 anos. Em alguns casos, como quando há casos da doença na família, pode ser feito até antes, mas cabe ao médico decidir a idade para começar e à mulher buscar a prevenção.
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