Mioma: cirurgia preserva útero em 98% dos casos
Os miomas – tumores benignos presentes em diversas partes do organismo – acometem aproximadamente um quarto das mulheres em idade fértil. A boa nova é que os miomas não são malignos, e a chance de se transformarem em câncer é de cerca de 0,2% em mulheres na pós-menopausa, segundo o ginecologista da Santa Casa de Maceió, Antonio Carlos Albuquerque.
“Um dos grandes temores das mulheres é o receio de precisar retirar o útero por causa dos miomas. Com técnicas cirúrgicas como a videohisteroscopia e a laparotomia, o útero pode ser preservado em 98% dos casos", acrescenta o especialista, lembrando ainda que apenas 5% dos miomas podem levar à infertilidade.
Devido à rapida recuperação da paciente e ao baixo risco da videhisteroscopia, a Santa Casa de Maceió vem realizando entre 20 e 30 cirurgias deste tipo por mês para tratar de miomas, pólipos e outras doenças.
As estatísticas mostram que os miomas são mais comuns em mulheres obesas, que apresentam altos níveis de estrogênio no sangue, o que serve de alerta para este público alvo. Um detalhe importante é que na maioria dos casos os miomas são assintomáticos e não necessitam de intervenção cirúrgica, apenas de acompanhamento médico.
Uma das exceções é o mioma diagnosticado dentro da cavidade uterina, que pode provocar hemorragia intensa, anemia, além de exigir transfusão sanguínea, atendimento de emergência e cirurgia. Outro que precisa de intervenção cirúrgica é o mioma na parede do útero. O diagnóstico pode ser realizado por meio de um simples exame ginecológico ou de ultrassonografia.
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