Bebês passam por bateria de exames ao nascer
Quem disse que exames, punções e mais exames são rotina apenas de homens e mulheres que chegaram à melhor idade? Desde os primeiros minutos de vida, o recém nascido enfrenta uma bateria de exames que muitos pais e mães sequer percebem.
Entre o primeiro e o quinto minuto de vida os pediatras do Instituto da Mulher realizam uma série de observações sobre a condição de nascimento do bebê, observando itens como choro, reações a estímulos etc. Cada avaliação é transformada em uma nota, que define um escore chamado pelos médicos de APGAR.
Em seguida, os pediatras prosseguem o exame físico analisando o sistema circulatório, urinário, respiratório do bebê dentre outros. É com base no APGAR e no exame morfológico que os pediatras definem se o recém nascido vai para o alojamento com a parturiente ou precisa passar um tempo aos cuidados da UTI neonatal.
Já devidamente instalada no apartamento, a criança passa ainda por três exames: os testes do pezinho, da orelhinha e do olhinho, este último chamado de “reflexo vermelho”. Todos são fundamentais para que os médicos identifiquem doenças congênitas e iniciem tratamento, de acordo com a patologia.
O teste da orelhinha é realizado no 2º dia após o parto e visa identificar eventuais patologias do sistema auditivo. “Este exame permite o tratamento precoce de doenças, que produzem impacto no desenvolvimento da cognição e intelectual da criança”, disse a pediatra Ana Carla Brandão, do Instituto da Mulher, unidade da Santa Casa de Maceió.
O exame mais emblemático – e também importante – é o teste do pezinho. Realizado entre o 3º e o 10º dia após o parto, o exame consiste na retirada de sangue com uma rápida punção na planta do pé. O teste identifica doenças congênitas metabólicas como hipotireoidismo, doenças hormonais dentre outros. Por fim, o teste do olhinho permite diagnosticar algumas doenças oculares. O Instituto da Mulher atende entre 100 e 120 crianças/mês e localiza-se na Santa Casa de Maceió.
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