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Sindhospital pede a município que quite débito de R$ 8 milhões com prestadores de serviço

Humberto Gomes fala no Conselho de Saúde de Maceió enquanto presidente do Sindospital

Humberto Gomes fala no Conselho de Saúde de Maceió enquanto presidente do Sindospital

O presidente do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Alagoas (Sindhospital), Humberto Gomes de Melo, fez um apelo público, esta semana, para que a Secretaria de Saúde de Maceió quite os mais de R$ 8 milhões que deve a hospitais, clínicas e laboratórios da capital alagoana.

Em sessão extraordinária do Conselho Municipal de Saúde, o gestor da Santa Casa de Maceió pediu ainda que a Pasta reduza o percentual de glosas (rejeição) de AIHs (Autorização de Internação Hospitalar) e que agilize o pagamento desses procedimentos, que dependem de análise dos auditores do município.

“Nós sabemos que os recursos repassados para o gestor municipal são inferiores às necessidades da população, mas não concordamos que haja cortes (glosas) após a prestação dos serviços. Pior ainda é o não pagamento de procedimentos já realizados e, também, do parcelamento de débitos negociados na contratualização”, lamentou.

Como solução para o impasse, Humberto Gomes de Melo sugeriu ao secretário adjunto da Saúde, Herbert Charles, presente à sessão, que entre em acordo com a Secretaria Estadual da Saúde para que uma parte dos recursos que hoje ficam na esfera estadual seja repassada para o município. “São recursos superiores aos compromissos assumidos atualmente pelo Estado, que poderiam aliviar as contas do gestor municipal”, complementou o presidente do Sindhospital.

A presidente do Conselho Municipal da Saúde, Flávia de Macedo Citônio, reforçou o coro junto ao presidente do Sindhospital lembrando que o compromisso financeiro honrado pela Secretaria de Saúde, junto aos prestadores de serviço, reflete diretamente no atendimento e na satisfação do usuário, sendo este a principal razão de existir do conselho.

Na presença de vários conselheiros e usuários que participaram da sessão, o secretário adjunto Herbert Charles confirmou que existe, de fato, um “déficit” de R$ 8 milhões (que na visão dos hospitais trata-se de um débito, uma vez que os procedimentos já foram realizados). Destacou ainda que houve um aporte de R$ 1 milhão que, se não resolveu o problema, ao menos minimizou os débitos.

Herbert Charles esclareceu ainda que “a aprovação da PPI (Programação Pactuada e Integrada), ocorrida esta semana, e que o reajuste do teto municipal da Saúde marcarão o início da equação destes débitos e da problemática das glosas de AIH”.

Glosas

A glosa (rejeição) de AIHs pelo gestor da saúde ou por operadoras de saúde é um procedimento comum. Quando há alguma dúvida sobre certo procedimento ou mesmo um simples erro na inserção dos dados no sistema, o pagamento da AIH fica suspenso até que auditores liberem o repasse ou confirmem a rejeição.

Quanto ao percentual de glosas, o que está ocorrendo em Maceió foge à compreensão. Enquanto a média nas capitais do Nordeste, entre janeiro e julho deste ano, foi de 4,95%, na capital alagoana o índice de rejeição de AIH chegou a 8,60%.

Na comparação por cidade, a diferença é mais gritante ainda. Em Recife, o percentual foi de 1,9%; em Natal, de 2,2%; em Fortaleza, de 3,4%, em João Pessoa, de 4,4%; e em Salvador de 7,5%. No cenário nacional, Maceió só perdeu para o Rio de Janeiro, cidade que tem uma quantidade bem maior de hospitais. Se forem observados dados mais recentes, Alagoas lidera o ranking nacional: este mês Maceió registrou o percentual de 16,27% de glosas. No mês anterior foi de 9,47%.

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