Santa Casa de Maceió realiza operação para transporte de fonte radioativa até Recife
A Santa Casa de Maceió enviará para o escritório da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), em Recife, a última fonte de elemento radioativo cobalto-60 que estava sob a guarda do Serviço de Radioterapia. Utilizado no tratamento de câncer na instituição desde 1947, o cobalto-60 foi substituído nos anos 1990 pelo acelerador linear, cuja radiação ionizante é produzida eletromagneticamente, ou seja, sem a presença de elementos radioativos.
“Para nós é um momento histórico. É o fim do processo de descomissionamento (desativação) desta fonte, que teve início em 1998 e será concluído assim que o material ultrapassar a fronteira com Pernambuco e chegar a Recife. Desta forma, passamos a responsabilidade sobre o material à Cnen”, comemora o físico médico José Joaquim Ferro Costa.
Questionado sobre os riscos da operação, o especialista explicou que a cápsula pesa 3 mil kg, dos quais apenas 16 gramas correspondem ao cobalto-60. A cápsula é selada e formada por chumbo e camadas de platina. Além disso, a estrutura onde a cápsula esta instalada recebeu barras de ferro que reforçam ainda mais a segurança.
Um transporte portátil, conhecido como “patinha”, foi adquirido para levar a fonte até o veículo da empresa Nuclear Assessoria e Projetos em Radioproteção, contratada pela Santa Casa para realizar o transporte para a capital pernambucana.
A operação de descomissionamento custará mais de R$ 100 mil à Santa Casa de Maceió e segue as rígidas normas da Cnen, estabelecidas após o desastre com o césio-137 ocorrido em Goiânia (GO).
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