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As campanhas anti-tabaco lutam há décadas para desfazer a imagem de “jovialidade, aventura e modernidade” do cigarro – símbolo maior da indústria do tabaco. Poucas iniciativas, entretanto, mostram a triste realidade de quem fumou a vida inteira e hoje luta contra a agressividade do câncer de pulmão e de outras doenças pulmonares.
Em meio aos preparativos para o Dia Mundial Sem Tabaco, o oncologista Marcos Davi Melo apresenta uma série de argumentos que podem salvar a vida de muitos alagoanos – principalmente os jovens – que pensam em fumar.
Segundo Marcos Davi, nem sempre as pesquisas, estatísticas ou recomendações médicas são suficientes para convencer os mais jovens sobre os males do tabaco. Por isso, o Ministério da Saúde colocou fotos desses pacientes em maços de cigarro e em peças publicitárias. “Mesmo tais imagens não são suficientes para descrever o sofrimento de um paciente em estágio terminal. Trata-se de um sofrimento prolongado e doloroso, onde o paciente tem dificuldade de respirar e se alimentar, o que leva o indivíduo a perder peso, chegando a um estágio caquético. Se as pessoas visitassem tais pacientes jamais colocariam um cigarro na boca”, relatou o especialista.
Números
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o tabaco é a principal causa evitável de morte. Dos 12 milhões de casos novos de câncer surgidos a cada ano, 30% são causados pelo tabaco. “São 3,5 milhões de pessoas que poderiam estar livres da doença se, no passado, tivessem evitado o fumo”, disse Marcos Davi. Desse total, 1,1 milhão terá o diagnóstico confirmado de câncer de pulmão, um dos mais letais e agressivos existentes.
A fumaça do tabaco pode provocar câncer em órgãos como lábio, boca, esôfago, faringe, laringe, pulmão, estômago, pâncreas, bexiga e até mesmo mama, colo do útero e próstata.