Farmácia adota reconciliação medicamentosa
O Serviço de Farmácia da Santa Casa de Maceió implantou, no último mês de maio, a prática da reconciliação medicamentosa, que tem o objetivo de fazer um acompanhamento dos medicamentos que são utilizados em casa pelos pacientes, antes de serem internados no hospital. A ação faz parte do programa 5 Million Lives, que trata do plano seguro de medicação.
"Nesse plano seguro, nossa abordagem principal é na reconciliação medicamentosa. Fazemos uma solicitação aos pacientes para que, no momento em que eles forem entrar no ambiente hospitalar, tragam uma sacolinha com os medicamentos utilizados por eles em casa ou informações sobre essa utilização", afirma a coordenadora da Farmácia da Santa Casa de Maceió, Lizete Vitorino.
A prática foi implantada pela equipe da Farmácia no último mês de maio e hoje 60% dos pacientes que dão entrada na internação na Santa Casa de Maceió já recebem esse acompanhamento. Atualmente, todos os pacientes internos nas UTIs, no setor de cardiologia e provenientes de procedimentos cirúrgicos passam pela reconciliação medicamentosa. Até o final do ano, a ação vai abranger 100% dos pacientes internados no hospital.
Segundo Lizete, depois que o paciente informa quais medicamentos são utilizados por ele em casa, a equipe de farmácia faz uma avaliação e passa as informações para o corpo clínico, para reforçar os dados sobre o paciente, e para que não haja a interrupção de um outro tratamento que vinha sendo realizado em casa, geralmente para tratar uma doença diferente da que o levou a ser internado no hospital.
"Você não consegue ter nenhum tipo de segurança com relação a medicamento dentro do ambiente hospitalar se você não sabe quais são os medicamentos que esse paciente vem fazendo uso contínuo no ambiente domiciliar”, destaca Lizete.
Mas essa atenção especial que traz benefícios tanto para o paciente quanto para a equipe médica que passa a acompanhá-lo no momento da internação, também acontece dentro do próprio ambiente hospitalar, quando há a transferência do paciente de um setor para outro. Se o paciente está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e é transferido para a unidade de internação, por exemplo, a reconciliação também é realizada.
O trabalho de acompanhamento da medicação utilizada pelos pacientes faz com que haja uma interação entre a equipe multiprofissional, uma troca de conhecimentos entre os profissionais que trabalham no hospital, o que dá uma maior segurança para a equipe.
"Cada um desenvolve atividades dentro da sua área, mas acaba contribuindo para o conhecimento do outro. A farmácia precisa estar trabalhando com a equipe assistencial, como também precisa estar dando apoio ao médico com relação a informações que o paciente omite durante a consulta", afirma a coordenadora.
"O que não pode acontecer é um paciente que é hipertenso e está fazendo um tratamento em casa, entrar para a cirurgia, suspender todos os medicamentos e depois não fazer uso dessa medicação no tempo em que ele está internado no hospital", destaca Lizete.
Com o investimento da instituição em projetos de qualidade como a certificação pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), através do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), todos os profissionais e pacientes que chegam à instituição percebem o envolvimento da equipe com foco na assistência, trazendo mais segurança ao seguimento que envolve o paciente.
Nossa meta é prevenir eventos adversos causados por medicamentos, implementando um Plano Seguro de Medicação em todas as fases da assistência (admissão, transferência e alta), integrando a equipe interdisciplinar como um time para completar as partes do processo.
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