Ressonância: novo horário aumenta procura por exame
Em 3 de julho de 1977, ocorreu algo que mudaria o cenário da medicina moderna, embora não tenha sido notado fora da comunidade de pesquisas médicas: naquele ano foi realizado o primeiro exame de ressonância magnética em um ser humano.
Foram necessários sete longos anos de pesquisa e, ao final, quase cinco horas para produzir a primeira imagem, muito tempo além dos atuais 30 minutos em média dos exames atuais. Se compararmos à alta definição dos equipamentos modernos, as imagens eram bem feias, mas suficientes para provar ser possível o que até então era impossível.
Passados mais de 30 anos daquele momento histórico, a ressonância magnética espalhou-se pelo mundo. Milhões de exames são realizados diariamente. Somente na capital alagoana, a unidade Diagnósticos Santa Casa realiza cerca de 300 exames mensais, número este que já registrou aumento com a ampliação do horário de atendimento. O serviço está disponível das 7h às 22h durante a semana e das 7h às 12h aos sábados.
Conforme explicam os especialistas em diagnóstico por imagem Daniel Simon e Juliana Petruceli, a ressonância magnética é um método de diagnóstico que não utiliza radiação e permite retratar imagens de alta definição dos órgãos do corpo. A técnica permite determinar propriedades de uma substância através do correlacionamento da energia gerada pelo campo magnético e a irradiação de ondas de rádio.
Imagens em 3D – O design básico da maioria deles é quase um cubo gigante. Há um tubo horizontal que atravessa o magneto (ímã). Esse tubo é uma espécie de vão do magneto. O paciente, deitado de costas, desliza para dentro do vão por meio de uma mesa especial. O que vai determinar se o paciente vai entrar primeiro com a cabeça ou com os pés, ou até onde a mesa irá, é o tipo de exame a ser realizado.
O aparelho de ressonância percorre cada ponto do corpo do paciente, reunindo informações para criar um mapa em 2-D ou 3-D dos tipos de tecido.
A ressonância magnética pode ser utilizada no diagnóstico de patologias em qualquer parte do corpo, mas seu alto poder de precisão tem levado os médicos a utilizarem o método para o diagnóstico de patologias em áreas complexas, como o cérebro, medula espinhal, tecidos de partes moles do sistema músculo-esquelético – principalmente quando ocorre o rompimento ou estiramento de tendões e ligamentos do pulso, joelho e tornozelo, além de lesões inflamatórias no ombro, como tendinites.
As únicas desvantagens da tecnologia são o ruído intenso gerado pela máquina e a necessidade do paciente ficar imóvel durante todo o tempo dentro do equipamento. Para reduzir o desconforto, o paciente recebe protetores auditivos, podendo acionar um alarme interromper o exame em caso de necessidade.
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