Serviço de Urologia realiza cirurgia de próstata a laser
Um simpósio sobre uso do laser verde Green light em pacientes com hiperplasia prostática marcou a primeira cirurgia realizada em Alagoas com este tipo de tecnologia.
Prestigiada pela comunidade urológica de Alagoas, a conferência foi ministrada pelo especialista Glauco André de Almeida Guedes, alagoano radicado em Brasília e um dos pioneiros no Brasil no tratamento com Green light.
As duas cirurgias, utilizando esta ferramenta, foram realizadas no centro cirúrgico da Santa Casa de Maceió sob a coordenação dos urologistas Alexandre Moura.
Por enquanto, o tratamento a laser não é coberto nem pelo Sistema Único de Saúde, nem pelos convênios privados. No caso dos planos de saúde, o paciente deverá negociar diretamente junto à operadora.
Tratamento
O tratamento com o Green light consiste na vaporização do tecido prostático aumentado chamado de hiperplasia prostática, condição benigna em que ocorre o aumento gradual da glândula prostática e a conseqüente obstrução do fluxo urinário.
O problema leva o homem a apresentar sintomas como jato urinário fraco, micção interrompida, sensação de esvaziamento vesical incompleto e urgência miccional.
A utilização do moderno laser em comparação à tradicional cirurgia e à ressecção endoscópica transueretral da próstata tem entre seus principais atrativos a possibilidade de redução do tempo de internação, que em alguns casos pode ser inferiror a 24 horas.
Trata-se de um procedimento que apresenta um mínimo sangramento, sendo a única opção em pacientes que fazem uso de anticoagulantes. A rápida melhora no fluxo urinário também é observada já no pós-operatório imediato.
Tecnologia Green light
A fibra de laser, o cistoscópio (aparelho utilizado para visualização da próstata) e a câmera de vídeo possibilitam a visualização do tecido prostático e sua retirada.
Ao ser acionado, o laser vaporiza de forma puntiforme a área definida ao mesmo tempo em que cauteriza os vasos sanguíneos.
O fator responsável pela redução do sangramento e segurança do procedimento se deve ao laser verde ser altamente absorvido pela oxihemoglobina e pouco absorvido pela água. Como resultado final, o seu uso proporciona abertura do leito prostático facilitando o fluxo de urina.
“Mesmo considerando os custos operacionais, quando se leva em conta o tempo de internação e a menor ocorrência de retratamento cirúrgico, a utilização rotineira do laser deve ser priorizada. Com todos estes atributos, com certeza o Green light veio para proporcionar aos pacientes maior segurança e um rápido retorno às suas atividades, além de reduzir custos para o hospital”, finalizou o urologista Alexandre Moura.
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