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Demora em diagnóstico dificulta o tratamento da endometriose

Ginecologista Fábio Castanheira faz alerta a mulheres

Ginecologista Fábio Castanheira faz alerta a mulheres

Quando casar sara! É isso que muita adolescente escuta quando chegam as cólicas menstruais. Claro que nem toda cólica é endometriose, alerta o ginecologista Fábio Castanheira. “Mas, se for intensa e progressiva e acontecer em todas as menstruações, mesmo com tratamento clínico, pode ser sinal da endometriose”, explica Castanheira, lembrando que a patologia acomete entre 10% e 15% da população feminina em idade reprodutiva.
O endométrio é a camada superficial interna que reveste o útero, que é eliminada em toda a menstruação. Quando ocorre o caminho inverso, através das trompas e penetrando na cavidade abdominal, o endométrio pode se implantar nos ovários, bexiga, reto ou no peritônio atrás do útero.
“Toda vez que a mulher menstrua, aquele pedacinho implantado dentro da barriga sangra também e causa sérios transtornos. É a endometriose, ou seja, o endométrio fora do seu lugar de origem”, resume Fábio Castanheira.
O endométrio pode ainda se infiltrar na musculatura interna do útero, como se estivesse enraizando no órgão. Nesse caso, chama-se adenomiose, mas é a mesma doença. Em pacientes com problema de infertilidade, a taxa de acometimento fica entre 40% e 50%.
Um dos problemas mais sérios da endometriose é a demora no diagnóstico da doença.
Conforme destaca o ginecologista Fábio Castanheira, a literatura médica confirma que, em média, pacientes até 19 anos levam dois anos para marcar a primeira consulta e o médico pode levar até 9 anos para indicar uma cirurgia que descubra a doença, totalizando 11 anos para se chegar à conclusão desde o primeiro sintoma.
“Com isso, a patologia evolui chegando a estágios de difícil tratamento”, lamenta o ginecologista.
Acima dos 19 anos, o tempo de consulta cai para seis meses, em média, e o médico leva até 4 anos para realizar uma cirurgia.
Dependendo do caso também é possível lançar mão de exames complementares, como a ultrassonografia transvaginal ou retal, assim como a ressonância magnética, retosigmoidoscopia, colonoscopia e cistoscopia.
“Endometriose não se diagnostica pelo aperto de mão. Há que se fazer uma boa anamnese e só com a laparoscopia é possível fechar o diagnóstico”, alerta Fábio Castanheira.

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