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Santa Casa realiza cirurgia cerebral com neuronavegação

Equipamento utiliza imagens tridimensionais e coordenadas semelhantes ao sistema GPS

Equipamento utiliza imagens tridimensionais e coordenadas semelhantes ao sistema GPS

Uma paciente de 62 anos, com um tumor cerebral numa área de difícil acesso, foi a primeira paciente da Santa Casa de Maceió a beneficiar-se com a moderna técnica conhecida como "cirurgia por neuronavegação". Os neurocirurgiões Aldo Calaça, Ronald Mendonça e Fabiano Alcântara foram os responsáveis pela conquista após quase cinco horas de procedimento.
A tecnologia de última geração permite à equipe de cirurgiões localizar e atuar em áreas profundas do cérebro com menor risco de lesões ao paciente. De acordo com o neurocirurgião Aldo Calaça, o sofisticado equipamento utilizado no procedimento oferece uma precisão milimétrica do alvo, evitando dessa forma lesões graves ao paciente.
"A tecnologia do neuronavegador funciona como um GPS, guiando o médico até o alvo. É fundamental para o tratamento de tumores em áreas nobres do cérebro, pois possibilita ainda uma menor incisão, menos complicações intra-operatórias e pós-operatórias, recuperação pós-cirúrgica mais rápida entre outras vantagens", complementa Calaça.
O especialista lamenta apenas que esse tipo de cirurgia ainda não esteja coberto pelo Sistema Único de Saúde.
Já o neurocirurgião Fabiano Alcântara destacou a importância do equipamento em casos como a da paciente operada na Santa Casa de Maceió, cujo tumor localizava-se próximo à área responsável pela fala, visão e movimentação dos membros.
"Nas cirurgias que abrangem as ‘áreas cerebrais eloqüentes’ o neuronavegador proporciona o máximo de segurança para o paciente, evitando-se a ocorrência de qualquer tipo de lesão nessas áreas", disse Alcântara.
Procedimento – A neuronavegação é considerada uma importante ferramenta utilizada em cirurgias não somente do cérebro mas também da coluna. O equipamento combina diferentes tecnologias como as imagens digitalizadas da tomografia e ressonância, coordenadas cartesianas da estrutura estudada e a transmissão de dados em tempo real por sistemas de telemetria. O objetivo é ter imagens reais da estrutura da área escolhida antes mesmo de iniciar o procedimento.
Entenda como funciona – 1. Inicialmente os pacientes são submetidos a imagens de tomografia e/ou ressonância magnética.
2. Estas imagens serão armazenadas no aparelho, que realizará uma reconstrução tridimensional do cérebro ou coluna e localizará exatamente o ponto da lesão.
3. No centro cirúrgico o paciente é anestesiado e posicionado próximo de um equipamento de localização espacial (que será a "antena parabólica de captação") e um pequeno dispositivo fixado ao lado da cabeça do paciente para que o aparelho possa localizá-lo e criar um sistema de coordenadas cartesianas.
4. Estas coordenadas são fundidas com as imagens tridimensionais do paciente já previamente gravadas no aparelho. Com uma ponteira semelhante a uma pinça o médico toca em pontos anatômicos do paciente (como base do nariz, margem da órbita, lâmina da vértebra entre outros) e a partir daí o aparelho se encarrega de localizar todas as outras estruturas ao redor exibindo na tela o cérebro ou a coluna de acordo com o movimento da ponteira
5. A abordagem cirúrgica é exata e só é realizada a ressecção óssea estritamente necessária para abordagem do tumor.
6. Como lembra o neurocirurgião Aldo Calaça, o sistema lembra o funcionamento do GPS onde o satélite é o neuronavegador e a ponteira é o sinalizador GPS. As informações são todas transmitidas para uma tela de computador e acompanhadas por toda a equipe.

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