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Dor na coluna pode ter origem no crescimento excessivo das mamas

Cirurgião plástico Luiz Alberto

Cirurgião plástico Luiz Alberto

Até os anos 1990, o cirurgião plástico Luiz Alberto realizava em média 20 cirurgias de redução de mama para cada intervenção de aumento dos seios. No século passado, ao que parece, a maior parte das mulheres preferiam ser discretas neste quesito. Os anos passaram, a preferência de homens e mulheres mudou e os implantes de silicone evoluíram, ganhando a confiança do público feminino. Resultado: os números se inverteram. Atualmente, em cada dez cirurgias plásticas mamárias, oito visam o aumento das mamas e apenas duas são de redução.
Se o ideal de beleza mudou no seio da sociedade, privilegiando mamas maiores e mais visíveis, então porque ainda são realizadas cirurgias de redução? Conforme relata o próprio cirurgião plástico da Santa Casa de Maceió, Luiz Alberto, cerca de 12% das mulheres possui hipertrofia mamária, ou seja, quando os seios aumentam de volume de forma desproporcional à estrutura física da mulher. Nesses casos é comum a paciente sentir desconforto e recorrentes dores na coluna. Boa parte delas recorre ao sutiã, que pode minimizar os sintomas, mas a cirurgia ainda é a única forma de reduzir as mamas.
Em mulheres magras, cuja numeração média é 40, os seios podem exigir cuidados se ultrapassarem o número 44. Já em mulheres magérrimas, esse parâmetro é o número 38. Para aquelas com porte físico médio-alto, seios que exijam sutiãs acima de 44 já podem sinalizar o problema. “O peso das mamas leva a mulher a adotar uma postura viciosa”, disse Luiz Alberto, lembrando que o mesmo ocorre quando um seio cresce mais que o outro. “A questão da assimetria, em diferentes graus de gravidade, é mais comum do que se pensa e afeta nada menos que 95% das mulheres”, acrescenta.
A hipertrofia mamária pode ocorrer em qualquer idade, mas tem maior prevalência na faixa etária dos 16 aos 18 anos, quando a mulher passa por uma série de mudanças, principalmente hormonais. Após os 19 anos, os seios devem parar de crescer, mas se continuarem em ritmo avançado pode ser sinal de hipertrofia. Luiz Alberto orienta as mulheres que procurem seu médico com vistas a diagnosticar o problema e buscar o melhor tratamento para interromper o crescimento das mamas.
Atualmente, recorre-se a dosagem e controle hormonal,como forma de interferir no crescimento exagerado das mamas, já que não existem meios  de prevenção ou medicamentos que promovam a redução dessas glândulas.  Por isso, a cirurgia plástica, geralmente associada à suspensão dos seios, é a única forma de resolver em definitivo o problema. O procedimento utiliza anestesia geral e demora pouco mais de duas horas. A paciente tem alta 24 horas após a cirurgia. A gigantomastia surge como um agravamento da hipertrofia, com as mamas alcançando impressionantes 2 kg de glândulas mamárias cada uma. Neste caso, a prevalência da patologia na população é de 0,4%.  

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