Santa Casa adota sistema inteligente de controle e resfriamento de medicamentos
A Santa Casa de Maceió é o primeiro complexo hospitalar de Alagoas e um dos poucos do País a adotar um sistema inteligente para guarda, resfriamento e controle de medicamentos de alta complexidade em oncologia.
A câmara fria, recebida em forma de comodato, utiliza o que há de mais moderno em logística de suprimentos no mundo: senhas de acesso, leitura de etiquetas por radiofreqüência (RFID), envio de alertas por e-mail e torpedo, comunicação “on line” entre comprador e fornecedor, sistema inteligente de compras e de entrada e saída de medicamentos, emissão de relatórios, controle automatizado de temperatura entre outros.
Em visita ao Serviço de Farmácia Oncológica da Santa Casa de Maceió, o provedor Humberto Gomes de Melo, um dos maiores entusiastas na adoção de novas tecnologias aplicadas à saúde, conheceu de perto o novo equipamento.
“A qualidade e a tecnologia devem andar sempre juntas em prol da excelência e da segurança de nossos pacientes”, disse Humberto Gomes de Melo, em visita esta semana ao Serviço de Farmácia. Na oportunidade, o executivo foi informado que vários hospitais do País demonstraram interesse em enviar missões técnicas para conhecer o equipamento, assim como as rotinas da área de Suprimentos e Logística.
Passo a passo
O novo sistema de armazenamento de fármacos de alto custo em oncologia envolve desde a embalagem do produto na linha de produção até o momento em que a câmara fria “percebe” que o estoque do medicamento está chegando ao fim.
Ao ser embalado na distribuidora, cada medicamento recebe uma etiqueta eletrônica, que informa aos sistemas de controle do fabricante e do comprador diversas informações sobre o produto, como o princípio ativo, temperatura de armazenamento e até onde será entregue.
Ao chegar no local de recepção, o fármaco é transportado para a câmara fria, onde um sensor de radiofreqüência faz a leitura automática do chip e emite um aviso ao fornecedor confirmando a entrega do produto. Desta forma, o fabricante pode rastrear a encomenda e avaliar índices como o tempo de transporte da carga, temperatura de chegada entre outros.
Os fatores segurança e controle são a marca desta tecnologia, uma vez que para abrir a porta da câmara fria e retirar os medicamentos é preciso digitar a senha do profissional autorizado. Quando o produto é retirado do equipamento, mais uma vez os sensores entram em ação e informam ao sistema a saída daquele produto específico.
Quando o nível do estoque chega a um patamar pré-determinado, o próprio equipamento envia um comunicado ao fornecedor solicitando automaticamente o envio de nova remessa. “Com essa ferramenta ‘on line’ conseguimos manter um controle inteligente de nossos estoques, evitando perdas, excessos ou falta de medicamentos e garantindo, sobretudo, a segurança no armazenamento do produto”, resumiu Severino Moura, gerente de Suprimento e Logística.
Rígido controle
Além do controle inteligente de estoque, o novo sistema utiliza algumas ferramentas inovadoras para garantir o rígido controle de temperatura dos medicamentos. “Esses fármacos podem sofrer alterações se não for obedecida a faixa de tolerância de temperatura, que fica entre 2°C e 8°C. Ao se aproximar desses limites, o próprio equipamento envia torpedos de alerta por celular e mensagens eletrônicas (e-mail) para as equipes de plantão adotarem as providências previstas no protocolo”, explicou Lizete Vitorino, coordenadora do Serviço de Farmácia.
Dessa forma, mesmo havendo interrupção no fornecimento de energia da rede pública ou dos geradores, é possível adotar o plano de contingência, em tempo hábil, de forma a evitar perdas. “Os medicamentos oncológicos de alta complexidade são fármacos caros, que representam 35% dos estoques da instituição, daí a importância dessa tecnologia para a Santa Casa de Maceió”, contabilizou Ademar Sólon, coordenador de compras da área de Logística e Suprimentos.
O novo equipamento dispensa a presença humana para controle de temperatura, garantindo que sejam adotados os procedimentos necessários à preservação dos fármacos e, por tabela, à segurança do paciente que receberá tais medicamentos.
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