Carnaval: ressaca põe seu estômago em risco
Muita folia, sol, praia e uma gelada… ou melhor várias. Se você entrou nesse clima de carnaval e exagerou na bebida alcoólica a dica é a pra você. Não tente curar a ressaca com medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (AAS) e não se arrisque com a automedicação.
A melhor dica para quem exagera esperando a “tempestade” passar.
“Todos os medicamentos que têm em sua composição o ácido acetilsalicílico (ASS) são prejudiciais ao organismo já debilitado pelo álcool”, alerta o médico intensivista Hélvio Chagas Ferro.
“Existem muitos produtos que prometem alívio contra o mal estar ou contra a ressaca, mas é preciso observar se o AAS faz parte de sua composição e evitá-lo”, alerta.
Segundo ele, o ácido acetilsalicílico encontrado na Aspirina e em outros analgésicos pode causar irritação na mucosa gástrica e aumentar o risco de hemorragia gastrointestinal principalmente se o paciente já estiver saturado pelo álcool ou tiver problemas estomacais como gastrite e úlcera.
Entenda a ressaca
A ressaca é um conjunto de sintomas da intoxicação que acontece quando você bebe demais. Para absorver e metabolizar um montão de álcool, o organismo tem que se desdobrar e, assim, acaba sobrecarregando todos os órgãos envolvidos no processo. O fígado é o que mais sofre – apesar de ele mesmo nunca doer. É desse órgão o trabalho principal de produzir as enzimas que absorvem o etanol. Só que ele demora a entender que deve parar de trabalhar no modo bêbado.
Quando o álcool do corpo já acabou, a concentração dessas enzimas ainda é alta – e o fígado “pede” mais álcool para processar. Isso gera um desequilíbrio que desorganiza todo o metabolismo. O sistema nervoso, que também se adequou ao ritmo “bebum” do corpo, acompanha a crise de abstinência. O resultado geral é dor de cabeça, desidratação, enjôo, diarréia e extremo cansaço. Sintomas que todo mundo que já bebeu além da conta conhece bem.
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