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Radiofrequência evita retirada de veia safena

Cirurgiões vasculares Andreia Esteves, Ronaldo Nardão e Jubrant Petruceli realizam intervenção pioneira no centro cirúrgico da Santa Casa de Maceió

Cirurgiões vasculares Andreia Esteves, Ronaldo Nardão e Jubrant Petruceli realizam intervenção pioneira no centro cirúrgico da Santa Casa de Maceió

Uma mulher de 55 anos, que sentia fortes dores nas pernas provocadas por varizes e por um quadro de insuficiência na veia safena magna, foi a primeira paciente operada por uma equipe da Santa Casa de Maceió utilizando uma técnica que usa emissões de radiofrequência para destruir as paredes internas da veia sem precisar extraí-la. O procedimento foi realizado pelos cirurgiões vasculares Ronaldo Nardão, Jubrant Petruceli e Andreia Esteves com o apoio da anestesiologista Cira Queiroz.
"Enquanto na cirurgia convencional a veia safena é retirada parcialmente, na nova técnica conseguimos corrigir o quadro de insuficiência sem a sua extração, eliminando o refluxo, com uma técnica minimamente invasiva", explicou Ronaldo Nardão.
Em comparação com a cirurgia convencional, a cirurgia com radiofreqüência reduz o tempo de internação de 24 horas para cerca de oito horas. Já o retorno do paciente à rotina normal pode ocorrer em apenas sete dias.
"Com o apoio de um equipamento de ultrassonografia introduzimos um cateter na veia do paciente por meio de um pequeno orifício. No local indicado aplicamos as ondas de radiofreqüência, que produzem o calor intenso necessário ao procedimento", detalhou Jubrant Petruceli. "Por se tratar de uma intervenção minimamente invasiva, a nova técnica elimina a necessidade de cortes e reduz os sinais de trauma e os sangramentos", continuou.
A técnica é eficiente em casos de dor nas pernas por insuficiência venosa, inchaço (edema), cansaço, sensação de peso entre outros. "O primeiro passo é o tratamento clínico. Quando este não resolve e o problema começa a afetar a qualidade de vida do paciente, aí a única alternativa é o procedimento cirúrgico", considerou a cirurgiã Andreia Esteves.
Por enquanto, nem o Sistema Único de Saúde e nem as operadoras de planos de saúde estão cobrindo o procedimento. Porém, a rápida recuperação do paciente aliada à redução de traumas e dos riscos cirúrgicos justificam seu uso como mais uma opção terapêutica.

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