Fisioterapeutas comemoram 46 anos de regulamentação da profissão
Os fisioterapeutas comemoram 46 anos de regulamentação da profissão no próximo dia 13 de outubro e a Santa Casa de Maceió não poderia deixar de prestar uma justa homenagem a esses profissionais que atuam na linha de frente da assistência ao paciente em hospitais, assim como em áreas de pesquisa, docência e envolvimento social e político.
Para celebrar a data, a Divisão de Ensino e Pesquisa da Santa Casa de Maceió, em parceria com o Serviço de Fisioterapia, convidou a professora e fisioterapeuta Patrícia Forestieri para brindar os profissionais e estudantes alagoanos com a palestra Atualização em Cardiologia para Fisioterapeutas.
Realizado no último sábado (03/10), o evento integra o Programa de Educação Continuada da instituição. “O programa vem atuando e disseminando conhecimento entre profissionais de diversas áreas do hospital e suas unidades”, comentou a gerente da DEP, Maria Alayde Rivera.
Conforme frisou a coordendora do Serviço de Fisioterapira, Fabrícia Janine, além de possuir mestrado em Cardiologia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Forestieri possui ampla experiência em fisioterapia hospitalar com pacientes adultos e geriátricos.
Deixando de lado o conteúdo técnico de sua palestra, destinado a profissionais com atuação em cardiologia, Patrícia Forestieri fez uma verdadeira explanação sobre a importância dos fisioterapeutas para os pacientes mas, também, para os gestores hospitalares e demais membros da equipe multidisciplinar.
Papel do fisioterapeuta
Perguntada sobre o papel do fisioterapeuta na assistência ao paciente internado, Patrícia Forestieri frisou que o principal objetivo do fisioterapeuta é a recuperação da integridade das vias aéreas e dos pulmões do paciente, ajudando-o a recuperar a capacidade de respirar sem a necessidade de aparelhos de respiração.
“Paralelo a isso, é realizado todo um trabalho de recuperação dos movimentos, com a finalidade de fazer com que o paciente torne-se o mais independente possível em atividades diárias, como vestir, comer, tomar banho e etc.”, explicou a fisioterapeuta.
“Quanto mais cedo o paciente torna-se capaz de sentar-se em uma poltrona, ou seja, sair da cama, ficar em pé e voltar a ter a capacidade de andar, menos tempo esse paciente ficará internado, reduzindo o risco de complicações inerentes à internação hospitalar e, consequentemente, reduzindo os custos hospitalares”, acrescentou Forestieri, justificando porque a atuação do fisioterapeuta tem reflexos inclusive na gestão hospitalar.
A fisioterapia combate o imobilismo e os efeitos devastadores que o repouso prolongado no leito acarreta, entre eles o surgimento de escaras (feridas na pele) e o tromboembolismo venoso (formação de coágulos nos membros inferiores e que podem chegar até o pulmão).
“Dessa forma, acredito que a beleza da fisioterapia está em ajudar um ser humano a sentir-se livre novamente, pois a capacidade de nos movimentarmos envolve diversos aspectos psicológicos, familiares e sociais”, finalizou a professora.
Pré e pós-cirúrgico
Uma vez que a atuação dos fisioterapeutas tem como principal objetivo prevenir as complicações de uma internação hospitalar, seu raio de ação alcança todos os pacientes que estejam hospitalizados, não apenas os pacientes cirúrgicos.
A fisioterapia pode reabilitar pacientes com problemas respiratórios, cardíacos, ortopédicos, oncológicos, neurológicos, hepáticos, geriátricos, uroginecológicos, cirúrgicos em geral, além de atender também a pediatria e os recém-nascidos. Cada área deve contar com um fisioterapeuta especialista no assunto, que deve atuar sempre em sintonia com a equipe multiprofissional.
No período pré-cirúrgico, a fisioterapia trabalha com exercícios diversos para preparar o corpo e a mente do paciente para o período pós-cirúrgico. Após a cirurgia, a fisioterapia trabalha no pós-operatório imediato, ou seja, com atuação logo após a chegada do paciente na UTI quanto à parte respiratória, promovendo a retirada do paciente dos aparelhos respiratórios. Por ser de extrema complexidade, o profissional precisa ter a especialização necessária para atuar nesta área específica visando a reabilitação física.
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