Metade das alagoanas acima de 40 anos não faz mamografia anual
Quase metade das mulheres alagoanas, na faixa etária acima das 40 anos, não faz mamografia regularmente. E olhe que não são apenas mulheres que residem em áreas remotas, longe da capital alagoana e que no seu cotidiano enfrentam dificuldades para conseguir uma simples consulta médica.
O que preocupa especialistas como o oncologista Marcos Davi Melo é que parte das mulheres reside em Maceió e têm acesso tanto à informação como a atendimento médico.
Pode-se alegar que existem limitações no número de exames disponíveis para a população, mas o que se vê, na prática, são serviços de saúde vinculados ao Sistema Único de Saúde fazendo menos exames do que poderiam realizar e sem filas de espera.
É o caso da Unidade Rodrigo Ramalho, mantida pela Santa Casa de Maceió, que possui dois mamógrafos digitais e realiza os exames agendados no mesmo dia, sem demora. Já pacientes de convênios e particulares têm a mesma facilidade na unidade Diagnósticos Santa Casa.
O alerta do oncologista Marcos Davi marca o início da campanha Outubro Rosa, que anualmente movimenta a sociedade, em especial as mulheres, em torno da problemática do câncer de mama.
Este ano, a Rede Feminina de Combate ao Câncer articulou-se junto com os gestores públicos da saúde e outras entidades correlatas para formatar uma programação única de eventos.
Os serviços de saúde, em todas as suas esferas, precisam garantir o cumprimento da Lei 11.664, de 2008, que obriga o poder público a oferecer mamografia às mulheres acima dos 40 anos.
O que a lei não pode é obrigar as mulheres a realizar o exame. “Esta é uma decisão pessoal, que precisa ser assumida pelas mulheres e estimulada pelo poder público por meio de campanhas e da manutenção de uma rede assistencial em todos municípios alagoanos”, diz Marcos Davi.
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