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Com essa estrofe, extraída da música Mulher (Sexo frágil), o tremendão Erasmo Carlos resumiu bem a visão da sociedade patriarcal da época sobre a mulher. A letra tem 35 anos. Ao mesmo tempo em que mostrava essa realidade, o cantor marcava posição sobre o quão errada era essa visão.

Os números do mercado de trabalho comprovam como essa teoria do sexo frágil é uma “mentira absurda”. A Santa Casa de Maceió é um bom exemplo disso. Segundo a Gerência de Gestão de Pessoas, dos 2.823 colaboradores da instituição nada menos que 75% são mulheres (2.114) e 25% são homens (709).

Nas unidades Hospital Nossa Senhora da Guia e Santa Casa Farol, por exemplo, essa presença feminina é maior ainda, sendo respectivamente 88% e 82% mulheres e 12% e 18% homens. Na matriz o percentual delas ficou em 73% e na Santa Casa Poço 65%.

E não pense que a atuação delas se restringe apenas às funções operacionais da instituição. Entre os nove cargos de gerência, três são ocupados por mulheres, a cardiologista Maria Alayde Rivera (Ensino e Pesquisa), a enfermeira Rejane Paixão (Unidades de Internação) e a médica Tereza Tenório (Riscos e Práticas Assistenciais).

Entre os gestores de unidade o predomínio é bem maior, estando a administradora Ana Cláudia Lima gerenciando o Hospital Nossa Senhora da Guia; a psicóloga Taciana Amorim, a Santa Casa Farol; e a administradora Aishá Gois à frente da Linha Oncológica (que inclui a Unidade Rodrigo Ramalho, o Serviço de Oncologia (Radioterapia) e o Centro de Oncologia (Quimioterapia), além da Santa Casa Poço.

Nos demais níveis do organograma, nos cargos de coordenação e supervisão, as mulheres também são maioria, com marcante presença na área assistencial, onde estão à frente de quase todos os postos. Na área de enfermagem elas também são maioria, atuando na assistência ao paciente nas enfermarias, UTIs, centro cirúrgico, farmácias etc. O Serviço Social é o setor com 100% de presença feminina em sua equipe.

Os números não mentem. A mulher não é e nunca foi o sexo frágil.