Hipertensão arterial age em silêncio em homens, mulheres e crianças
Estima-se que 30% da população adulta brasileira seja hipertensa, 50% dos quais são idosos e 5% crianças e adolescentes. É isso mesmo (!), a hipertensão arterial sistêmica, ou pressão alta, como é mais conhecida, afeta também o público infanto-juvenil, sendo um dos reflexos negativos da vida moderna que as criança levam hoje (leia-se alimentação rica em gordura e pobre em fibras, sedentarismo provocado pela televisão, computador e falta de espaços de lazer etc.). Entre os adultos, a hipertensão acomete mais os homens até os 50 anos. A partir daí, as mulheres são as mais atingidas.
A hipertensão arterial é multifatorial, havendo causas relacionadas à hereditariedade, ao uso de medicamentos, à decorrência de patologias diversas e a hábitos de vida inadequados como o tabagismo, dieta rica em sódio, sedentarismo, sobrepeso, estresse, álcool, etc. (confira no infográfico).
Sem sintomas
O problema é que a maioria dos hipertensos não apresenta sintomas relacionados à doença. “Queixas de dor de cabeça, dor na nuca, enjoos, tonturas e falta de ar podem ser apresentados por portadores de hipertensão, mas não são específicos da doença”, alerta o cardiologista Sidney Pinto.
O especialista explica que a maioria das vezes os sintomas só surgem quando a hipertensão já causou danos aos órgãos. Em outros casos, nas chamadas Emergências Hipertensivas, a elevação da pressão do paciente ocorre de forma dramática e com iminente risco de morte, havendo necessidade de intervenção médica imediata.
“Por isso, é importante tratar a hipertensão mesmo sem sintomas, já que estima-se que ela esteja envolvida em 40% dos casos de infarto agudo do miocárdio, 80% dos casos de acidente vascular cerebral e 25% das insuficiências renais em estágio terminal.
Dia de reflexão
No dia 26 de abril, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial Sistêmica foi instituído justamente para alertar a sociedade sobre os riscos deste inimigo silencioso.
“Com a crescente conscientização da população por meio de campanhas e redes sociais e a busca por melhor qualidade de vida, esperamos obter maior adesão dos pacientes ao tratamento medicamentoso e em relação ao estilo de vida”, finalizou Sidney Pinto.
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