Ressonância mamária ajuda a salvar vidas
Os números impressionam: nada menos que 1,6 milhão de casos de câncer de mama foram diagnosticados no mundo em 2010, o que equivale quase à população de duas cidades do porte de Maceió. A neoplasia é responsável por 27% dos novos casos de câncer diagnosticados em mulheres, sendo o mais prevalente entre os cânceres femininos.
Para fazer o diagnóstico e o rastreio deste tipo de tumor na população, a mamografia é o exame mais indicado, seja pelo seu baixo custo, seja pela sua alta capacidade de distinguir alterações benignas e malignas.
Mas, existe outro exame que é extremamente sensível no diagnóstico e detalhamento de tumores de mama, a ressonância magnética. O exame usa um alto campo magnético para detecção de imagens, ao contrário da mamografia, que utiliza radiação (raios-X).
Para fazer frente aos desafios que a doença apresenta e às demandas de médicos e pacientes alagoanos, a Santa Casa de Maceió possui um aparelho de alto campo de bobina específica (de 1,5 tesla), que vem salvando muitas vidas e até mesmo descartando o diagnóstico de câncer em pacientes. Para o rastreio e diagnóstico de câncer de mama é necessária a administração de contraste paramagnético e o pós-processamento das imagens aumentam a acurácia do exame.
“O grande destaque da ressonância magnética da mama é sua alta sensibilidade, ou seja, sua grande capacidade de detectar alterações, que varia de 95% a 100%”, explicou a médica radiologista Milena Loureiro de Melo, especialista em diagnóstico por imagem.
Vale destacar, entretanto, que o exame tem indicações bem específicas. O exame pode ser utilizado no rastreamento de grupos de alto risco, como paciente com história familiar positiva em parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha com câncer de mama na pré-menopausa), pacientes portadoras da mutação BRCA; e com história pessoal de câncer de mama.
A ressonância magnética é indicada no diagnóstico de casos não conclusivos (onde a mamografia e a ultrassonografia atingem seu limite) e de carcinoma oculto; em planejamento terapêutico (pesquisa de doença multicêntrica etc.), na avaliação de resposta à quimioterapia neoadjuvante, em suspeita de recidiva e em complicações dos implantes mamários.
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