Pacientes com câncer ósseo ou de partes moles não precisam mais fazer tratamento fora de Alagoas
Crianças e adultos com diagnóstico de câncer ósseo ou de partes moles não precisam mais viajar a outros estados para fazer Tratamento Fora de Domicílio (TFD) pelo Sistema Único de Saúde.
O motivo é que a Santa Casa de Maceió implantou esta semana o Serviço de Oncologia Ortopédica, que reduzirá os gastos da Secretaria de Estado da Saúde com viagens de pacientes a outros estados e permitirá o acesso ao tratamento desta doença no maior hospital especializado em câncer de Alagoas. O novo serviço inclui atendimento ambulatorial e tratamento cirúrgico, tanto para o SUS como para convênios e particulares.
Para tanto, a instituição conta agora com a expertise do ortopedista oncológico Renato Pedrosa, profissional que integrou a equipe da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, também com treinamento no MD Anderson Cancer Center, Texas, Estados Unidos, renomado centro mundial no tratamento de tumores.
Quem mais se beneficia com o novo serviço é o público infanto-juvenil. “Os tumores ósseos, conhecidos como osteosarcomas, possuem baixa incidência em adultos, em torno de 1% de todas neoplasias nesse grupo. Porém, essa proporção aumenta para algo entre e 10% e 15% em crianças menores de 15 anos, daí a importância deste novo serviço para crianças e adolescentes”, comentou Renato Pedrosa.
A doença
O câncer ósseo e de partes moles, também conhecidos como sarcomas, são tumores originados de tecidos como músculos, tecido adiposo (gordura), cartilaginoso, ósseo e tecidos que fazem a união de outros tecidos.
Sem apresentar fatores de risco que ajudem na prevenção e sem possuir exames de rastreamento, a patologia é descoberta muitas das vezes de forma acidental. Dois sintomas, entretanto, podem ser visíveis: dor e aumento no volume da área atingida. Este sintoma, entretanto, pode indicar um tumor maligno ou benigno, o chamado Lipoma, que é mais frequente do que o tumor maligno.
Tratamento
Quando se fala em tratamento, o procedimento é cirúrgico e radical: ressecção do tumor com margem de segurança e livre. Nos sarcomas, a primeira cirurgia é determinante pois, se realizada por profissionais inexperientes, a chance do tumor retornar (a chamada recidiva) é muito grande e a cada nova cirurgia a taxa de recidiva aumenta pela dificuldade de se retirar todo o tumor.
Equipe multi
Vale destacar que além do ortopedista especializado em oncologia, são fundamentais o oncologista clínico, radiologista e patologista experientes na área, além de fisioterapeuta e psicólogo são fundamentais na recuperação.
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