O Almoço com o Provedor desta semana reuniu preceptores e residentes médicos dos programas de Geriatria, Cancerologia cirúrgica, Cirurgia geral, Ortopedia e traumatologia. O provedor Humberto Gomes de Melo confirmou o que o diretor médico Artur Gomes de Melo já havia garantido aos médicos residentes da instituição: a prioridade de leitos é para os programas de Residência Médica.
Conforme explicou o provedor, a falta de leitos é um problema que a Santa Casa de Maceió vem equacionando com a transferência de alguns setores de apoio e da assistência do complexo-sede justamente para abertura de novos leitos. O problema, no que concerne ao Sistema Único de Saúde, é o teto financeiro do gestor público, que limita o atendimento na Santa Casa de Maceió.
O cirurgião de pé e tornozelo Antonio Alício Oliveira, coordenador do Serviço de Ortopedia, confirmou que o teto imposto pelo gestor público, principalmente para a área de ortopedia e traumatologia, é uma barreira que deve ser repensada na próxima contratualização entre o município e a Santa Casa de Maceió em benefício da população que recorre ao SUS.
“Mesmo com essa limitação, fomos a sexta Santa Casa do pais que mais atendeu pacientes do SUS. E mais: cerca de 31% dos pacientes internados clínicos e cirúrgicos SUS são oncológicos, o que confirma nossa vocação para tratarmos de pacientes com câncer”, disse o provedor.
Além do provedor Humberto Gomes de Melo, participaram do encontro sua esposa, a psicanalista Rosinete Mendonça de Melo, o superintendente Severino Moura (Assistência e Suprimentos), o gerente Sílvio Melo (Gestão de Pessoas), e os médicos Antonio Alício (supervisor do programa de Ortopedia e Traumatologia), Talmir Damásio (coordenador da UTI Neurológica), Hilton Barros (preceptor da Ortopedia e Traumatologia), Aldo Barros (supervisor da Cancerologia cirúrgica), Davi Buarque (supervisor da Geriatria), Edmundo Guilherme (supervisor da Cirurgia Geral), além da gestora da Linha Cirúrgica Nair Barbosa.
Pequenas cirurgias
Após a sugestão do ortopedista e traumatologista Hilton Barros, a gestora Nair Barbosa informou que está finalizando estudos para migrar algumas cirurgias ortopédicas de pequeno ou médio porte para o centro cirúrgico da Santa Casa Nossa Senhora da Guia.
“Enquanto isso, já estamos fazendo a gestão de alta dos pacientes para agilizar a disponibilidade de leitos, o que já vem surtindo resultados”, acrescentou Nair. Aproveitando sua fala, Nair lembrou que 30 mil instrumentais serão rastreados na Santa Casa de Maceió, graças a um projeto que está em franco andamento.
Evolução absurda
O geriatra Davi Buarque falou sobre a evolução da instituição principalmente nos últimos sete anos. “A Santa Casa de Maceió evoluiu absurdamente nesse período, principalmente com os investimentos em residência médica e nos processos de acreditação. Declaro minha satisfação em participar deste processo”, comentou. Davi Buarque, que presidente atualmente a Comissão de Residência Médica da Santa Casa. Ele aproveitou a oportunidade para agradecer o apoio da Divisão de Ensino e Pesquisa, na pessoa da gerente Alayde Rivera, na realização de eventos de educação continuada.
Impacto da UTI Cirúrgica
A abertura da UTI Cirúrgica conseguiu reduzir em 50% o índice de suspensão de cirurgias em único mês (agosto), além de reduzir também o número de atrasos pela falta de leito para o pós-anestésico. Os dados são da gestora da Linha Cirúrgica Nair Barbosa, confirmado por preceptores e residentes médicos presentes no almoço.
Nutrição Enteral e Parenteral
O cirurgião oncológico Aldo Barros destacou no encontro que “muitos centros do Nordeste não conseguem fazer procedimentos que realizamos aqui, o que mostra o resultado dos investimentos em tecnologia, processos seguros e profissionais com expertise.” Ele fez elogios ainda ao Serviço de Nutrição Enteral e Parenteral por conseguir iniciar seu atendimento em até 24 horas, o que é importante para o paciente.
Mensagem
O médico Antonio Alício deixou uma mensagem ao final do almoço: “Se afaste dos pessimistas, faça parte da solução”, sugeriu o especialista, instando todos a trabalharem em prol da instituição e dos pacientes.
Fim do papel
O superintendente Severino Moura (Assistência e Suprimentos) informou que o serviço de emergência da Santa Casa de Maceió já está totalmente informatizado, dispensando o uso de papéis em suas rotinas diárias. “Agora, queremos que em seis meses todo hospital esteja livre do papel”, anunciou Moura.
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