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Nova unidade de doenças da aorta salva vida de pacientes críticos

Serviço Avançado de Doenças Vasculares reúne consultas, diagnóstico, pré-operatório e cirurgia

Cirurgião endovascular e professor doutor Bruno Freitas

Um paciente de 83 anos, vítima de rompimento da artéria aorta abdominal, teve sua vida preservada após uma intervenção de emergência no Serviço Avançado de Doenças Vasculares (SAVE) da Santa Casa de Maceió.

A expertise do SAVE para atuar em casos complexos como este se deve à implantação de uma unidade especializada em doenças da aorta. Este setor engloba desde o atendimento ambulatorial (consultas), passando pelo diagnóstico, planejamento terapêutico e culminando no tratamento cirúrgico.

Tais procedimentos ocorrem no complexo da Hemodinâmica do hospital, considerado um dos mais avançados do Nordeste e com a mesma tecnologia utilizada nos melhores hospitais do País.

“O paciente idoso e de alto risco que recebemos no SAVE deu entrada na Santa Casa com um quadro gravíssimo de aneurisma da aorta abdominal roto. Entre 90% e 95% dos casos ocorre hemorragia interna, o que é fatal para o paciente. Graças à agilidade no atendimento, à interação entre os setores envolvidos e à expertise da equipe de profissionais conseguimos um bom desfecho para este caso”, comentou o cirurgião endovascular e professor doutor Bruno Freitas.

Atuação silenciosa e fatal

A aorta é a maior artéria do corpo humano, levando sangue do coração para todos os órgãos, passando pelo tórax e abdômen. Para se ter uma ideia do quanto esta artéria trabalha, ela bombeia 4,5 litros de sangue a cada dois minutos. Essa quantidade equivale a todo o sangue existente no organismo de um adulto.

O principal problema da doença da aorta é sua atuação silenciosa. Quando o paciente vem sentir algum sintoma é porque já está em estágio avançado.

Cerca de 6% dos idosos com mais de 65 anos possuem algum dos diversos graus da doença aortica e não sabem. Por isso, em quase 90% dos casos o paciente vem a óbito antes de chegar no hospital e aproximadamente 75% dos que conseguem ser atendidos morrem dentro do ambiente hospitalar, ainda durante o atendimento.

Prevenção

A melhor forma de escapar das estatísticas fatais é prevenir os fatores de risco. E quem está na linha de tiro são as pessoas com idade acima dos 60 anos que apresentem colesterol e triglicerídeo alto, hipertensão, façam uso de tabaco e, principalmente, tenham casos de morte súbita ou de aneurisma na família.

Nestes casos, a consulta com o especialista e o exame preventivo devem ser iniciados aos 55 anos e não aos 60 anos, como indica a literatura médica para as demais pessoas.

“Esse cuidado deve partir principalmente da população, mas também dos médicos em seus consultórios”, alerta Bruno Freitas, que coordena o Serviço Avançado de Doenças Vasculares da Santa Casa de Maceió.

Responsável pela implantação do SAVE em outubro de 2017, o cirurgião endovascular Bruno Freitas fechará o ano com 20 pacientes portadores da doença da aorta. “A principal vantagem é que utilizamos um procedimento minimamente invasivo, que agiliza a alta hospitalar e reduz os riscos. Mas, o êxito deste trabalho se deve também à intervenção precoce aliada à disponibilidade de infraestrutura de ponta e uma equipe altamente especializada”, finalizou.

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