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Santa Casa trata câncer com cirurgia complexa e menos invasiva

Hospital realiza 1ª cirurgia videolaparoscópica de sua história em tumor no duodeno

Cirurgião oncológico digestivo Oscar Ferro manuseia pinças e grampeadores em cirurgia

A Santa Casa de Maceió realizou esta semana a primeira cirurgia por vídeo de sua história para retirada de um tumor maligno no duodeno (parte inicial do intestino delgado).
Com este procedimento, o hospital passa a realizar todas as cirurgias minimamente invasivas de alta complexidade na região do abdômen.

“O alagoano não precisa mais se deslocar para outros centros do país, como São Paulo e Recife, para realizar este tipo de procedimento”, diz o cirurgião oncológico digestivo Oscar Ferro.
A complexidade do nome – gastroduodenopancreatectomia – assemelha-se à complexidade do procedimento.
Realizada no Centro Cirúrgico Euclides Ferreira de Lima, a intervenção apresentou diferentes desafios, segundo relata Oscar Ferro.

Primeiro, o tumor foi extraído de uma região de difícil acesso. Segundo, envolveu a reconstrução delicada das paredes de diversos órgãos onde o tumor havia se instalado, entre eles o estômago, o duodeno, a via biliar, o intestino delgado, o pâncreas entre outros.
Terceiro, o procedimento foi executado 100% por meio da videolaparoscopia. Vale destacar que há intervenções onde o vídeo é utilizado mas, ainda assim, são realizadas incisões extensas e suturas da forma convencional.

A gastroduodenopancreatectomia é realizada rotineiramente na Santa Casa de Maceió pelo método convencional (cirurgia aberta). A novidade, agora, é realizar a mesma intervenção, porém, com todas as vantagens das procedimentos por vídeo.

 

Procedimento dispensou transfusão e reduziu internação hospitalar

Centro cirúrgico possui moderna tecnologia para procedimentos minimamente invasivos

Uma mulher de 52 anos, atendida pelo Sistema Único de Saúde, foi a primeira paciente a fazer uma gastroduodenopancreatectomia por vídeo na Santa Casa de Maceió.

Por ter sido um procedimento minimamente invasivo, a paciente teve alta hospitalar em apenas 7 dias e permaneceu 24 horas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Se fosse uma “cirurgia aberta” a internação ficaria entre 10 e 15 dias com um período maior em UTI.

“A paciente, inclusive, não precisou de transfusão de sangue, o que é praticamente obrigatório na cirurgia convencional”, comentou o cirurgião oncológico digestivo Oscar Ferro.

Apesar do custo com OPME (Órteses, Próteses e Materiais Especiais) ser maior – pelo uso de catéteres e opticas (microcâmeras) -, o custo com internação e UTI é menor devido à rápida recuperação do paciente.
Mas, o menor risco para o paciente acaba sendo a grande vantagem dos procedimentos minimamente invasivos.

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