Almoço com o Provedor ouviu preceptores e residentes de três especialidades
Criado para aproximar a direção de todos os setores que colaboram para o desenvolvimento da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, o Almoço com o Provedor é realizado sempre às sextas-feiras. No último encontro, no dia 11, reuniu preceptores e residentes de Nefrologia, Otorrinolaringologia e Neonatologia, bem como a equipe da Divisão de Ensino e Pesquisa.
O otorrinolaringologista Marcos Melo deu início à conversa. “Sou um dos mais antigos aqui. Participei da primeira residência do hospital, quando ela não tinha esse nome. Era um estágio credenciado. É de admirar o crescimento que a Santa Casa de Maceió alcançou ao longo dos anos. Houve uma mudança radical de infraestrutura e serviços, pois era mais intimista, você conhecia todo mundo e hoje já tem gente que não conhecemos. Crescer é bom, mas também distancia um pouco, mas as iniciativas da gestão, ao realizar caminhadas, corrida, festas e o Almoço com o Provedor, são importantíssimas. Servem para que possamos nos conhecer e, além de elogiar, poder criticar e reivindicar algumas coisas”, disse o preceptor.
A Otorrinolaringologia da Santa Casa de Maceió promove um módulo mensal de um curso de aprofundamento de laringologia. “Vamos para o sétimo módulo, sempre trazendo um profissional da área do Brasil inteiro. Já vieram especialistas de Aracaju, São Paulo e Porto Alegre. A Santa Casa é uma das mais equilibradas instituições do País e somos muito felizes de participar desse crescimento e mudanças que ocorreram na instituição”, completou Marcos Melo.
“Quando vi que o grupo da otorrino estaria no encontro, lembrei de uma entrevista que assisti no Programa do Bial. O tema era sobre surdez. Bial falou que tem um problema de audição, em função das guerras que cobriu, tanto que senta de um lado incomum para fazer as entrevistas, devido ao prejuízo em seu ouvido direito. Cada convidado tinha um tipo diferente de surdez: a de nascença, que é mais profunda, e outra que aconteceu no decorrer dos anos, cuja paciente havia colocado um implante coclear. Temos um serviço aqui, de implante, por convênio, mas que já pleiteamos para que seja realizado pelo SUS. Aguardamos a liberação do Ministério da Saúde”, disse o provedor Humberto Gomes de Melo. Ele também adiantou que já está sendo feito um trabalho para o direcionamento de otorrinos para a Santa Casa Nossa Senhora da Guia.
A preceptora em Otorrinolaringologia, Katianne Wanderley Rocha, falou sobre o crescimento da especialidade na instituição. “Há quem olhe e pense que só entramos aqui para operar, mas é uma especialidade que cresceu muito na área hospitalar, então hoje temos subáreas como a disfagia, que é realizada no leito e na UTI com os médicos. Também cresceu a área do sono, tanto que hoje já existe protocolo para paciente que tem apneia e, para fazer anestesia tem que usar o CPAP (aparelho que fornece um fluxo constante e contínuo de ar pressurizado às vias aéreas do paciente para evitar que elas entrem em colapso e causem eventos de apneia do sono) 30 dias antes, porque diminui o risco de complicações. Acredito que podemos avançar ainda mais na parte de otorrino hospitalar. Na pediatria fazemos o teste da orelhinha, também poderíamos estar na oncologia, mas é algo que precisa ter uma proposta formatada”, disse a especialista.
Laís Falcão de Lima faz residência em Otorrinolaringologia e ressaltou a funcionalidade dos encontros semanais com o provedor. “Ano passado estive numa das edições e fizemos algumas reivindicações que foram atendidas, garantindo o melhor atendimento dos pacientes. Ainda há pontos que precisam ser ajustados para o bem da população”, disse a médica.
Eduardo Yukishigue Nisiyma, preceptor de Nefrologia, fez algumas solicitações durante o Almoço com o Provedor. “Nossa residência tem sido muito proveitosa, mas o serviço tem uma carência de residentes. Além disso, este ano apenas um transplante foi realizado na Santa Casa de Maceió, e o acompanhamento do paciente o transplantado é muito importante para os residentes da Nefrologia. Me parece que a parte burocrática tem atrapalhado um pouco isso. Também precisaríamos fazer mais biopsias renais”, afirmou o especialista.
Para a residente de Nefrologia, Ayrla Paulina Barbosa Lira, apesar das dificuldades, a experiência tem sido muito positiva. “Estou bastante satisfeita com a residência. Entendo que todos os serviços têm alguns pontos com dificuldades, mas, apensar disso, só posso parabenizar a Santa Casa por ser uma referência em nosso estado. A preceptoria, a estrutura física e de exames para a residência é muito boa. Estou muito satisfeita e orgulhosa de fazer parte dessa equipe”, destacou.
A Residência Médica é apenas um dos investimentos da Santa Casa de Maceió na área de ensino e pesquisa com vistas ao reconhecimento oficial do Ministério da Educação. “Estou há sete anos na Divisão de Ensino e Pesquisa. Desde então, saímos de seis Programas de Residência Médica para 22. Hoje temos 79 médicos-residentes na instituição. Se pensarmos que em cada programa temos três preceptores, mas há casos em que esse número chega a dez, vemos o quanto o programa evoluiu. Acomodamos o curso inteiro de Medicina do Cesmac, que durante cada ano entra 100 alunos, e se encontra hoje no 11º período. No internato, recebemos 30 alunos de Clínica Médica, 30 de Pediatria, 30 de Clínica Cirúrgica e 30 de Ginecologia-obstetrícia que precisamos acomodar nas áreas SUS da Santa Casa, com seus respectivos preceptores, isso amplia, ainda mais, o universo de ações”, destacou Alayde Rivera, gestora da Divisão de Ensino e Pesquisa.
O setor também oferece estágios não-obrigatórios para os cursos de Nutrição, Enfermagem, Psicologia, Serviço Social e Fisioterapia, com cerca de 130 participantes. Entre outras ações, a Santa Casa de Maceió promove um curso de mestrado em Oncologia em parceria com o A.C. Camargo e está na terceira pós-graduação in company com o Hospital Albert Einstein.
“É sempre uma satisfação participar das edições do Almoço com o Provedor, ouvir as novidades e as demandas serem atendidas. Destaco um serviço do qual sou usuário, a Otorrinolaringologia. Fiquei muito satisfeito em saber que há a perspectiva do serviço otorrino hospitalar. A Santa Casa de Maceió está crescendo e outros projetos virão”, disse o gerente de Gestão de Pessoas, Sílvio Melo.
A psicanalista Rosinete de Mendonça Melo, esposa do provedor e uma das idealizadoras do Almoço, destacou a importância do evento. “Algumas coisas não podem ser resolvidas no Almoço com o Provedor, mas muitas cosias já foram encaminhadas ou resolvidas na hora. Entendo que a medida que o conforto do paciente é valorizado, o profissional também ganha”, relembrou.
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