Almoço com o Provedor teve sua última edição do ano
Colaboradores dos mais variados setores da Santa Casa de Misericórdia de Maceió participaram, no dia 6 de dezembro, do Almoço com o Provedor, última edição de 2019. O projeto é um espaço aberto para a discussão de temas pertinentes ao dia a dia da instituição.
Participaram do evento, colaboradores dos setores de Internação, Recrutamento e Seleção, Medicina do Trabalho, Centro de Diagnóstico, Emergência Geral, Central de Maqueiros, Hemodinâmica, UTI Neurológica e Atendimento, bem como membros da diretoria administrativa e financeira, das superintendências de Engenharia e Infraestrutura e de Produção e Assistência de Suprimentos, e da diretoria médica.
O provedor lembrou que é possível crescer na Santa Casa de Maceió. “Não deixar de estudar é o conselho que dou a todos os que chegam à instituição e participam do processo de integração. É preciso estar pronto para as oportunidades. Uma solução interna que fazemos, e que prioriza quem já trabalha no hospital e quer crescer, quer mudar de cargo, é a seleção interna. Por meio dela muitos subiram de cargo”, destacou.
“É uma responsabilidade grande, pois precisamos nos colocar no lugar do outro. Temos candidatos que vão muito bem na seleção, mas que, por motivos diversos, não passam em todas as etapas. O comportamento é bom, mas o conhecimento, às vezes, é fraco”, explicou a supervisora de Recrutamento e Seleção, a psicóloga Andrea Peixoto.
Jonnathan Braz de Oliveira soube aproveitar as oportunidades que surgiram ao longo dos 13 anos de Santa Casa de Maceió. “Sou muito grato por todas as oportunidades que tive, mas entendo que é preciso estar preparado para poder ir atrás das vagas que surgem dentro da instituição. Tentei várias seleções internas até conquistar a função na qual atuo agora”, contou o coordenador administrativo do setor de Internação.
Para a seleção externa, a Gestão de Pessoas da instituição entra em contato com as escolas de enfermagem para que os nomes dos melhores alunos possam entrar na lista de futuras contratações. “A qualidade do profissional será avaliada pela seleção da Santa Casa de Maceió, e isso acontece com os estagiários. Não beneficiamento dessa ou daquela pessoa. Quem ficar, fica por mérito”, assegurou o provedor.
Deysiane Silva de Lima está há 10 anos na Santa Casa de Maceió. “Eu só tenho a agradecer à Santa Casa de Maceió. Vim do interior do estado, Matriz de Camaragibe, e aqui foi minha base, onde encontrei de tudo do lado profissional. Sou formada pela Santa Bárbara e passei dois anos sem trabalhar. Este ano comemoro 10 anos na Emergência da Santa Casa, onde aprimoro meu conhecimento”, disse a técnica de enfermagem.
Encaminhada pela Escola Santa Bárbara e selecionada para área de Emergência, a técnica de enfermagem Joice Gracielle da Silva Lins está há quatro meses na Santa Casa de Maceió. “Quando me falaram que eu iria para a Emergência pensei, “meu Deus, será que vou dar conta”, mas fui muito bem recebida, muito bem acolhida. As pessoas que trabalham no setor me mostraram que não era tão difícil e hoje os considero minha segunda família”, disse.
“Vocês são jovens, mas já passaram por muita coisa. No quesito humanização, vocês têm mostrado que estão alinhados com o pensamento da Santa Casa de Maceió”, destacou Severino Moura, superintendente de Produção e Suprimentos.
Uma das idealizadoras do Almoço com o Provedor, a psicanalista, e esposa do provedor, Rosinete de Mendonça Melo, tocou num ponto que mexe com a economia do Brasil, o desemprego. “Todo cidadão deveria ter seu emprego. Mas o desemprego está muito grande, por isso temos que pensar nos que não tem renda. Dói ver as pessoas nos sinais, pedindo. Na Santa Casa de Maceió temos algo que poucas empresas têm, que é o amor ao próximo. Fico feliz em ver o crescimento de muitos colaboradores. Ninguém sabe o que os líderes passaram para chegar onde estão. Não sei se já olharam os pés de uma bailarina… Mas não podemos olhar só para o resultado, mas para o esforço”, disse.
Em razão de uma cirurgia programada para o mesmo horário do encontro, o diretor médico da Santa Casa de Maceió, Artur Gomes Neto, precisou sair mais cedo. Antes, deixou uma reflexão para os convidados. “Este ano fui à São Paulo, pois fez 10 anos do meu transplante. No Sírio-Libanês resolvi fazer um teste com o atendimento, então peguei minha requisição e fingi que estava perdido. Uma maqueira percebeu que eu precisava de ajuda e me encaminhou para o local onde eu deveria ir. Entendo que o paciente que chega em um hospital, além de renda para a instituição, vai gerar uma crítica ou elogio. Por isso, digo a todos, façam o acolhimento de quem chega na Santa Casa de Maceió, isso faz parte do processo de humanização”, disse o gestor.
“A humanização está em vários setores e depende muito de como vamos no comportar. Se eu não fizer, ninguém vai fazer. Então, quando temos um paciente à nossa espera, temos que ter um olhar diferenciado, um cuidado, mesmo para dizer não”, destacou a gerente das unidades de Internação, Rejane Paixão.
Carlos André de Mendonça Melo, superintendente de Infraestrutura e Engenharia, reforçou a importância do processo de humanização na instituição. “Somos referência em vários campos, como de estrutura e tecnologia. Há dez anos implantamos o prontuário eletrônico, coisa que o Hospital Albert Einstein vai colocar agora. Mas a humanização é um dos grandes objetivos do provedor. Ele nos deu um prazo de 18 meses para a implantação do serviço. Ainda não temos a cultura de lidar com o problema do outro. Fizemos alguns cursos/treinamentos e já tingimos 200 pessoas, mas somos mais de 3 mil. Não vamos quebrar regras, mas aprender a dizer não e sim de forma humanizada”, finalizou o gestor.
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