Cirurgia endovascular é acompanhada por 316 especialistas de várias nacionalidades
O SAVE (Serviço Avançado de Cirurgia Vascular e Endovascular da Santa Casa de Maceió) realizou, no último dia 30 de março, mais uma videotransmissão internacional ao vivo de um procedimento realizado no Serviço de Hemodinâmica do hospital. A iniciativa é mais uma etapa do Programa de Educação Médica Continuada que a instituição alagoana promove junto com uma série de parceiros na Europa, nas Américas e na Ásia.
O chefe do Serviço, o cirurgião endovascular Bruno Freitas, coordenou as atividades das instalações da Santa Casa de Maceió por videoconferência e foi acompanhado por centenas de especialistas espalhados pelo mundo. “Esse é mais um passo que confirma a vocação de excelência de nosso serviço e o seu reconhecimento no cenário nacional e internacional, como uma das instituições de vanguarda na educação médica. Nesta atividade interativa e inovadora de alcance global, tivemos grandes nomes mundiais como moderadores do curso, tais como o do chefe da Universidade de Verona – Itália, Prof. Bruno Migliara, e o chinês Dr. Hui Zhuang, que comentaram o caso enquanto estávamos operando e discutindo técnicas inovadoras minimamente invasivas, através de cateterismo”.
A transmissão aconteceu num momento de pandemia do novo coronavírus, a Covid-19, o que tem impedido viagens nacionais e internacionais, sendo conduzida em língua inglesa. “O evento foi uma oportunidade encontrada para aproveitar o tempo de quarentena e levar educação médica para líderes de opinião no mundo. Já estávamos implementando um projeto de educação à distância, e a pandemia acelerou a consolidação. Este ano já são oito transmissões realizadas, com a participação de especialistas de todo o mundo. Nesta edição, tivemos 316 espectadores de quase todos os continentes, excetuando-se o Africano”, destacou Bruno Freitas. No Brasil, 100 profissionais acompanharam a transmissão.
A paciente foi operada através do Sistema Único de Saúde pela equipe da Santa Casa de Maceió, com uma técnica inovadora e minimamente invasiva, a qual retira trombos por meio de um cateter. O procedimento foi necessário, já que era uma alternativa menos agressiva para o tratamento da grave, extensa e complexa trombose que a paciente apresentava, e que se estendia desde o abdome até o pé.
“Ficamos muito felizes com mais essa oportunidade e com o apoio, compromisso e esforço da Santa Casa de Maceió, em nos propiciar as condições para que possamos ofertar uma medicina vascular de ponta à comunidade alagoana, mesmo quando comparada aos maiores centros do mundo”, finalizou o cirurgião endovascular Bruno Freitas.
Primeiro grupo de curso avançado contou com especialistas nacionais e internacionais
No dia 14 de março, o SAVE recebeu o primeiro grupo do Curso Avançado de Trombectomia Arterial e Venosa de 2020. Participaram da edição oito especialistas vindos do Chile, Argentina, México, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
O peruano Félix Tipacti, cirurgião endovascular de Lima, destacou a importância do evento. “Foi uma experiência muito enriquecedora com a utilização de uma tecnologia que não está acessível, muitas vezes, na América Latina, mas que traz grandes benefícios para os nossos pacientes”, disse.
“Durante o curso, tivemos a oportunidade de aprender, firmar conhecimento e ver novas estratégias da cirurgia vascular. Poucas pessoas, no mundo, têm esse conhecimento”, afirmou o cirurgião endovascular, André Amaral, que é de Curitiba.
Pela complexidade e alto custo das intervenções cirúrgicas, atividades como as realizadas durante o curso ministrado na Santa Casa de Maceió geralmente não são direcionadas aos pacientes do SUS. “Aqui temos um acordo com os parceiros e, obrigatoriamente, os procedimentos são feitos em pacientes mais carentes. Dos seis casos atendidos, três eram do SUS. Assim podemos oferecer um tratamento altamente diferenciado, mais moderno, menos invasivo, menos agressivo e mais seguro para pacientes do SUS. Pacientes com embolia pulmonar, outros com tromboses graves em artérias e veias no fígado, e em artérias e veias nos membros inferiores, como aorta, foram beneficiados com novas tecnologias para a retirada de trombos”, destacou Bruno Freitas.
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