DESARTERIALIZAÇÃO | Santa Casa de Maceió usa moderna técnica para tratar hemorroidas
A Santa Casa de Maceió adotou uma nova técnica para os casos de hemorroidas com indicação de tratamento cirúrgico. No início de fevereiro, as coloproctologistas Aline Apel e Mayara Maraux Maranhão realizaram cirurgias de desarterialização hemorroidária transanal com mucopexia guiada por doppler em três pacientes que sofriam com os desconfortos da doença.
O método é realizado no Brasil há mais de 5 anos no Brasil, mas ainda é recente em Alagoas. “Ela é como uma ligadura nos vasos que estão para fora do ânus, puxando-os para dentro. Na maioria dos casos, apesar da anestesia, a cirurgia é feita em sistema de day clinic, sem a necessidade que o paciente durma no hospital. Essa técnica conta com o auxílio do doppler, deixando o procedimento ainda mais seguro”, disse Aline Apel, médica da Santa Casa de Maceió.
“A grande vantagem é a ausência de corte, o que faz o pós-operatório ser menos doloroso e o retorno do paciente para suas atividades normais seja mais rápido. O procedimento leva em torno de uma hora, mas isso depende do volume da doença hemorroidária”, completou a cirurgiã Mayara Maranhão, especialista que atua em Salvador, Bahia.
A moderna técnica só é indicada para casos específicos: quando o paciente não tem uma resposta satisfatória ao tratamento clínico e para aqueles cujo prolapso (quando parte do intestino está para fora do ânus) não é muito grande e não se pode fazer a ligadura elástica (método realizado no consultório e sem o emprego de anestesia).
Além da desarterialização existem várias técnicas para o tratamento da doença. A mais comum é a cirurgia convencional, que retira o vaso hemorroidário e o excesso de pele (plicoma). Mas, nos casos em que a hemorroida externa não é importante e a queixa maior é o prolapso e o sangramento, também podem ser usadas técnicas de grampeamento da hemorroida.
DOENÇA – Hemorroidas são veias dilatadas na região anal, tanto internamente como externamente. Dor no ânus, presença de sangue nas fezes ou no papel higiênico após se limpar e prolapso de carnosidade anal são sinais da doença. O diagnóstico é feito em consultório por meio do exame de anuscopia. Além de desconforto, as hemorroidas são causa comum de afastamento do trabalho.
Para o tratamento adequado, o tabu sobre a doença precisa ser quebrado. “Muitas vezes, o paciente não procura o médico por vergonha ou medo. Mas, apenas 20% dos casos têm necessidade de cirurgia. Nos demais, o tratamento é clínico e feito com o uso de medicamentos, além da alteração de hábitos de vida”, destacou Aline Apel.
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