PROTEÇÃO | Vacinas contra Covid-19 são seguras e quem já teve a doença deve tomar
Até o domingo (28), 8.433.568 doses das vacinas Coronavac (Butantan) e Oxford/Astrazeneca (Fiocruz) já haviam sido aplicadas em todo o Brasil. Em Alagoas, no mesmo período, 95.240 alagoanos receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Mas ainda tem gente com medo de receber a proteção contra a doença que já matou mais de dois milhões e quinhentas mil pessoas ao redor do mundo.
Cynthia Mafra, alergista e imunologista da Santa Casa de Maceió, explica que, apesar dos diferentes índices de proteção, a eficácia das duas vacinas é quase equivalente. “Nos últimos anos, o índice da eficácia das doses anti-gripe e do rotavírus é de 50%, mas com a capacidade de evitar os quadros graves que podem levar a hospitalização e até a morte. Por isso é uma ideia errada achar que a Coronavac tem uma eficácia baixa por apresentar o mesmo percentual de ação sobre o vírus. As vacinas adotadas no Brasil são muito boas e seguras. Ambas usam tecnologias e estratégias já conhecidas mundialmente: vírus morto (inativo) e vetor viral”.
Quando se fala em efeitos colaterais, a especialista alerta que eles não aparecem a longo prazo, mas nos dias subsequentes à vacinação, e são leves. Podem variar entre dor de cabeça, moleza e aumento de temperatura, como os observados em qualquer outra vacina. “Quando vamos dar vacina de sarampo aos nossos filhos é comum nos prepararmos para uma noite em que eles ficarão molinhos, mais irritados, e deixarmos um Tylenol na reserva. É mais ou menos isso o que acontece quando há efeito colateral”, explicou.
Estudos mostram que nenhuma vacina dá 100% de proteção, incluindo as que estão no calendário vacinal do Programa Nacional de Imunização. “O uso de máscara ainda vai nos acompanhar por alguns meses, provavelmente até o ano que vem. É preciso entender que quando tomamos a primeira dose não temos a imunização plena que ela potencialmente confere, o que só vai acontecer no mínimo 14 dias após a segunda dose. Quem é imunizado tem uma chance maior de não adquirir a doença e uma grande chance de ter a forma mais leve. Não dá para arriscar”, destacou a imunologista.
Assim como a imunidade para outros vírus gripais, a adquirida depois da cura da Covid-19 é transitória (4 a 6 meses) com possibilidade de reinfecção. Por tanto, quem já ficou doente e está curado deve tomar a vacina, já que a exposição ao vírus na natureza tem cargas virais variáveis com um maior ou menor estímulo para produção da memória imunológica. Quando a imunização é feita com a vacina, o estímulo é controlado.
Deixe uma resposta