Comprimidos, drágeas e cápsulas: você sabe o que difere entre eles?
Por Flávia Farias/Ascom Santa Casa de Maceió
No balcão da farmácia, o habitual é entregar a receita e esperar o medicamento solicitado pelo médico. Mas você sabe a diferença entre comprimidos, drágeas e cápsulas, fármacos de administração oral mais usados em todo o mundo? Em comum, eles dividem o mesmo princípio ativo. A diferença está na forma de apresentação.
“Cada via de administração tem vantagens, desvantagens e objetivos específicos. O tratamento com um medicamento requer que ele alcance a região ou as regiões-alvo específicas nos tecidos em que exerce ação. Normalmente, o medicamento é introduzido no corpo longe dessa região-alvo, obrigando que ele se mova pela corrente sanguínea e seja transportado aos lugares onde é necessário. Alguns medicamentos são alterados quimicamente pelo corpo antes de terem efeito, outros são metabolizados posteriormente e outros não são metabolizados em nenhum momento. A fase final consiste na remoção do medicamento e de seus metabólitos do corpo”, explica a coordenadora da Farmácia da Santa Casa de Maceió, Lizete Vitorino.
Fatores como peso, envelhecimento, composição genética e a função renal ou hepática de uma pessoa, podem influenciar os processos farmacocinéticos. “A via oral é a mais utilizada por ser mais conveniente e, geralmente, a mais segura e menos dispendiosa. No entanto, ela tem limitações devido ao trajeto característico do medicamento ao longo do trato digestivo”, destaca a farmacêutica clínica.
FORMAS – Comprimido, drágea e cápsula têm diferenças que vão além do material utilizado para sua produção. Os comprimidos são a mistura do princípio ativo em pó com substâncias que dão liga, como o amido. Eles são compactados até ficarem uniformes e, em geral, são mais duros, e, em alguns casos, mais baratos; já as drágeas possuem uma película externa que impede a degradação dos seus compostos; feitas de material gelatinoso, as cápsulas são moles, o que facilita a deglutição.
Mas há situações em que a administração por via oral não é recomendada, como quando o paciente não consegue tomar nada pela boca ou precisa de uma ação mais rápida, e são indicadas outras formas farmacêuticas (líquida, injetável ou subcutânea, por exemplo).
Independente do formato, a coordenadora da Farmácia da Santa Casa de Maceió alerta que é preciso sempre mantê-los em locais secos, longe do calor e da exposição da luz solar, além de verificar a validade e a procedência do remédio.
Deixe uma resposta