Novembro Azul: mutirão reforça importância dos cuidados com a saúde do homem
A conscientização sobre o autocuidado tem levado mais homens aos consultórios dos urologistas. Na sexta-feira (03), a Santa Casa de Maceió, em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), realizou a 8ª edição do mutirão Novembro Azul, com palestras, consultas e exames de toque retal, atendendo a novos e antigos pacientes.
Durante a ação, realizada nas dependências do Centro de Estudos da instituição, foram atendidos 40 dos 43 inscritos. “Em um universo tão pequeno, para nosso espanto, sete deles têm a suspeita de câncer. Esses pacientes serão reavaliados e o desdobramento será conduzido pelo SUS aqui na Santa Casa, e pela Urologia, que é o nosso Serviço”, disse o urologista, Mário Ronalsa.
Os pacientes são relacionados pela Gerência de Ensino e Pesquisa da Santa Casa de Maceió, que entra em contato por telefone. Os selecionados fazem o exame de sangue, chamado PSA, e no dia do mutirão, além de mostrar o resultado, fazem o toque retal, material necessário para se fazer o rastreamento de câncer da próstata.
É o caso de Francisco Araújo, 62 anos, que pela quarta vez consecutiva, participou do mutirão do Novembro Azul. “O exame é rápido e importante. Às vezes a pessoa faz uma vez e não quer mais voltar porque deu tudo normal. Mas, às vezes, depois de um ano ou dois, pode aparecer algo. E não adianta fazer só o exame de sangue, tem que fazer o de toque, pois o de sangue pode dar uma coisa e no exame de toque pode perceber alguma coisa que pode resolver logo. O segredo é esse”, afirmou o paciente.
O projeto acontece desde 2014 e só teve pausa durante a pandemia. “A assiduidade tem se mostrado em todos os locais por onde passamos. Uma vitória da conscientização. Os homens estão muito mais conscientes de que precisam fazer o rastreamento. É um prazer muito grande fazer esse tipo de ação, que é estritamente social, aqui na Santa Casa de Maceió, e que regressamos com muita força após a pandemia”, pontou o especialista.
“Esse tipo de mutirão é essencial, pois nós temos uma quantidade de homens que tem pouca assistência, tanto na cidade, quanto no interior. Então, trazer os homens até nós, de maneira mais fácil, no centro da cidade, sem ônus para os pacientes, é uma vantagem enorme para quem participa do mutirão”, reforçou Ronalsa.
Para Pedro Fernandes, o mutirão foi muito proveitoso. “Porque se não tivéssemos esse acompanhamento, futuramente poderia ter um câncer de próstata e fica tarte para resolver o problema. Assim é melhor porque é mais cedo para prevenir. A cultura da gente afasta dos exames, mas o certo é fazer todos os anos por que livra de um caso pior, no futuro”, disse o homem de 64 anos.
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