Atuação do Serviço Social na Saúde é debatida em evento na Santa Casa de Maceió
O Serviço Social da Santa Casa de Maceió promoveu um encontro entre assistentes sociais (internos e externos), estudantes, colaboradores e equipe multidisciplinar do hospital para discutir a Atuação do Serviço Social no Contexto da Saúde. O evento foi realizado dia 21 de maio, no Centro de Estudos da instituição, e contou com a presença de convidados e do provedor do hospital, Humberto Gomes de Melo.
Com foco na identificação das diferentes formas de negligência, a programação do evento contou com palestras da Profª Dra. da Faculdade de Serviço Social (UFAL), Francisca Silva dos Santos; da delegada da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Mulher (DEDDAM), Ana Luíza Nogueira; do juiz da 14° Vara Criminal da capital (Crimes contra vulneráveis), Dr. Ygor Figueiredo; e da assistente social da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Elizabeth Toledo de Lima.
De acordo com a coordenadora do Serviço Social do hospital, o conteúdo do evento buscou reforçar o papel do profissional nas diversas solicitações em que são envolvidos. “Trouxemos como temática a violência contra pessoas vulneráveis, que são as pessoas com deficiência, crianças e adolescentes, mulheres vítimas de violência, e violência contra o idoso. O tema, que está muito presente nas redes sociais e na imprensa, é o cerne das nossas atividades”, disse Somaya Lemos.
Entre os temas debatidos estavam “A importância do serviço social na saúde”; “Violência contra a mulher: os mecanismos legais do enfrentamento à violência e a importância da denúncia pelos profissionais de saúde”; “Estupro de vulnerável: como reconhecer o crime, suas principais vítimas e a conduta do profissional de saúde frente à suspeita ou confirmação da violência contra pessoas em condições de vulnerabilidade”; e a “Negligência contra a pessoa idosa”.
Abrindo os trabalhos, a Profª. Dra. Francisca Silva dos Santos, reforçou a importância de eventos como o encontro promovido no hospital alagoano. “Foi um momento de pensar sobre nossa atividade profissional, suspender um pouco o cotidiano que no dia a dia nos leva a fazer de forma muito repetida, sem refletir um pouco sobre as nossas ações, mas que nesse momento conseguimos parar, pensar e requalificar o atendimento à população. Eventos como estes são super importantes e o Serviço Social da Santa Casa está de parabéns por essa iniciativa”, disse.
Já a delegada Ana Luiza Nogueira discutiu sobre notificação compulsória e a importância do assistente social na identificação dos agressores nos crimes de violência doméstica e familiar.
“A área de enfrentamento a violência contra mulher não demanda apenas uma atividade policial, mas, principalmente, o acolhimento, humanitário e isso a gente já consegue fazer com a presença de assistentes sociais. Os temas que abordei buscam reduzir indicadores, que, infelizmente, estão tão presentes no Brasil inteiro”, destacou a delegada.
Seguindo a linha jurídica, o juiz da 14ª Vara Criminal (Crimes contra vulneráveis), Ygor Figueiredo, reforçou que o crime contra a criança e adolescência não se combate sozinho. “Precisamos trabalhar de forma articulada entre todos os parceiros, todos os sistemas de garantias de direitos, dentre eles os hospitais, em especial a parte técnica do hospital. Quando a gente conversa sobre violência contra a criança, a prevenimos, ensinamos o que fazer quando essa violência acontece para que os casos sejam punidos. É um trabalho articulado para que tenhamos uma sociedade mais justa e igualitária para nossas crianças e adolescentes”, pontuou o magistrado.
O evento também abriu espaço para discutir o envelhecimento da população e suas características sociais. “Temos no Brasil poucos anos de reconhecimento do processo de envelhecimento. Então, a cada dia, é preciso levar mais informações sobre essas questões, esse processo para a população em geral, principalmente para as famílias. O objetivo é que essa pessoa idosa seja respeitada, que ela tenha um envelhecimento digno. Não temos mais aquela idosa dentro de casa sentada, fazendo crochê, ou bolo para os netinhos. Hoje a vida da pessoa da idosa é outra”, ressaltou a assistente social da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Elisabeth Toledo de Lima.
Confira as fotos do evento:
Deixe uma resposta