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Hábitos saudáveis evitam o desenvolvimento de câncer de estômago

Médico Robério Melo fala sobre os fatores que causam câncer gástrico

Médico Robério Melo fala sobre os fatores que causam câncer gástrico

O câncer de estômago é a segunda maior causa de morte por câncer entre os homens no Brasil, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), ocorrendo no país 21 mil novos casos novos por ano, dos quais 12 mil resultam em óbitos.

A doença é silenciosa e pode levar de dois a cinco anos para que algum sinal apareça, fator que contribui para a redução das chances de cura. Quando detectado precocemente, as possibilidades de cura do câncer de estômago são de 98%, percentual que é reduzido para 25% quando a doença já está em estágio avançado.

De acordo com o coordenador da Cirurgia Oncológica da Santa Casa de Maceió, médico Robério Melo, as causas da doença estão relacionadas à falta de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e prática de exercícios físicos, além de fatores genéticos. Há também a bactéria Helicobacter pylori, que infecta o revestimento mucoso do estômago, podendo favorecer o desenvolvimento da doença.

"Uma alimentação pobre em vitaminas A e C, carnes e peixes, ou ainda o alto consumo de nitrato, alimentos defumados, enlatados, conservantes e corantes são fatores de risco para esse tipo de câncer. Quando a doença é detectada tarde, apenas ¼ das pessoas apresentam possibilidades de cura", afirma o médico.

Para evitar o desenvolvimento da doença e detectar os casos de câncer de estômago precocemente, o ideal é que as pessoas com idades acima de 50 anos sejam submetidas a uma avaliação gastroenterológica e endoscópica anualmente. Já as pessoas que possuem casos da doença na família, o ideal é que o exame comece a ser realizado mais cedo.

"A doença se manifesta em homens e mulheres e pode surgir a qualquer momento da vida, sendo mais comum após os 50 anos", destaca o médico Robério Melo.

Ele chama a atenção para o fato de que, ultimamente, três casos da doença, em estágio inicial e intermediário, foram detectados na Santa Casa de Maceió em mulheres com idades abaixo dos 30 anos. Por isso, Robério Melo ressalta a importância de procurar um médico ao apresentar sintomas como desconforto abdominal, mal estar e dificuldades para se alimentar, já que no estágio inicial, como o estômago tem uma forma de bolsa, a doença não produz sintomas importantes.

"Com esses sintomas, as pessoas devem fazer a endoscopia digestiva alta", conta, destacando que o exame pode ser realizado na Santa Casa de Maceió, que também atende pelo Sistema Único de Saúde (SUS) os pacientes internos.

"Caso não haja a detecção precoce, a lesão no estômago vai progredindo e uma hemorragia digestiva ou uma outra complicação como fezes escuras, dores abdominais, emagrecimento, fraqueza e desnutrição podem alertar para a doença já avançada, diminuindo assim a chance de tratamento mais eficaz", explica.

A solução existente para buscar a cura é o procedimento cirúrgico e, em seguida, o tratamento por outras modalidades terapêuticas como a radio e quimioterapia.

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