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Preceptores e médicos-residentes após a aula inaugural no Centro de Estudos da Santa Casa

Um clima de boas-vindas e descontração marcou a aula inaugural dos novos médicos residentes da Santa Casa de Maceió, metade deles oriundos de estados como Minas Gerais, Ceará, Paraíba, Piauí, Pernambuco e Goiás. Este foi o primeiro contato dos residentes com a instituição após o rigoroso processo que selecionou 17 candidatos entre os 139 inscritos para a Anestesiologia, Clínica Médica, Cirurgia Geral, Obstetrícia/Ginecologia, Ortopedia, Otorrinolaringologia e Pediatria.
Nos vários discursos da solenidade, um tema em comum: a importância da humanização na relação médico-paciente e no trato com os colegas de trabalho.
“Tenham amor à instituição que está abrigando vocês e transmitam esse comprometimento aos pacientes e demais profissionais”, disse o provedor Humberto Gomes de Melo.
Ainda em seu discurso, o gestor da Santa Casa de Maceió enfatizou os investimentos da instituição na Residência Médica, valores que superam R$ 1.000.000,00 por ano. “Apesar da importância para a sociedade e do reconhecimento do meio acadêmico, até hoje não recebemos nenhum incentivo do poder público”, lamentou.
O supervisor do programa de Clínica Médica, Helvio Chagas Ferro, também falou sobre a humanização na saúde. “O médico deve ser antes de tudo ser humano. É preciso ser sensível aos anseios do paciente, já que muitos viajam horas seguidas vindos do interior. Muitos chegam ao consultório com fome, permanecem nas recepções aguardando sua vez e ainda ficam devendo favor a cabos eleitorais e motoristas nem sempre pacientes. Aí fica a pergunta: qual deve ser o nosso posicionamento? O médico precisa ao menos saber o nome do paciente e tratá-lo com a atenção e o respeito que merece”, disse Helvio Chagas.
Outro aspecto abordado na solenidade foi a importância da clínica médica (diálogo com o paciente e diagnóstico da doença). “Todo especialista deveria ter a clínica médica em sua formação”, alertou o presidente do Centro de Estudos Professor Lourival de Melo Mota, Duílio Marsíglia.
Já o supervisor do programa de Ginecologia e Obstetrícia, Manoel Calheiros, afirmou categoricamente que “Medicina é clínica, o resto é treinamento”, enfatizando que o bom especialista precisa ser antes de tudo um excelente clínico para poder fazer o diagnóstico correto e sugerir o tratamento adequado.
O diretor-médico da Santa Casa de Maceió, Artur Gomes Neto, reforçou a tese. “A clínica médica é fundamental. Sem ela não dá para ser cirurgião ou atuar em qualquer outra especialidade”, frisou. Em seu discurso, o coordenador da Comissão de Residência Médica, Joaquim Sávio, lembrou aos residentes que Medicina se ensina na prática. “Não tem outra forma, tudo se aprende no dia-a-dia do hospital”, disse.
Conforme acentuou o gerente de Ensino e Pesquisa, Mário Jucá, os novos residentes integrarão um grupo formado por mais de 470 médicos-residentes e graduandos de faculdades públicas e privadas, que realizam estágio na Santa Casa de Maceió. De forma conjunta, Mário Jucá e Joaquim Sávio anunciar que todos os residentes terão de apresentar um trabalho de conclusão de curso para receber o título de especialista. As pesquisas serão publicadas na revista científica da Santa Casa de Maceió.
Na aula inaugural da Residência Médica, destaque para algumas novidades que deverão aproximar mais ainda os residentes da instituição. O gerente de Gestão de Pessoas, Sílvio Melo, anunciou que será ampliado o processo de avaliação médica de forma a garantir a integridade física e a saúde dos novos residentes.
Já a gerente de Riscos e Assistência Hospitalar, Tereza Tenório, abordará a gestão de riscos e os protocolos destinados à prevenção da infecção hospitalar.