Lavar mãos e descontaminar vegetais eliminam bactérias
No final do mês de maio, um surto da bactéria Escherichia coli (E.coli) alarmou a população europeia e colocou vários países em estado de alerta. Em virtude de vários registros de mortes e infectados com a bactéria, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgaram esta semana uma nota técnica esclarecendo sobre o surto.
A gerente de Risco e Assistência Hospitalar, Tereza Tenório, explicou que a bactéria E. coli é encontrada naturalmente no intestino de humanos e animais, sendo considerada normalmente inofensiva.
“Algumas variações podem causar graves doenças transmitidas por alimentos. No caso do surto de E.coli na Europa aparentemente houve uma mutação na bactéria que tem levado pessoas a óbito”, alertou Tereza Tenório.
Nestes casos, os principais sintomas são cólicas abdominais severas e diarreia, às vezes seguidas de febre e vômito.
O surto europeu foi provocado por uma variação rara, transmitida por consumo de alimentos contaminados e mal-cozidos, como carnes, além de vegetais crus.
“A contaminação das leguminosas ocorre por meio de fezes humanas ou de animais depositadas no solo. Ao consumir tais vegetais sem a devida lavagem e descontaminação o indivíduo se expõe à doença. As mãos também são veículos para a transmissão de doenças. Por isso, é preciso lavar mãos e vegetais ou cozinhar alimentos e leguminosas”, orienta a médica Tereza Tenório.
A descontaminação de verduras e legumes deve ser feita por imersão em água na proporção de três gotas de hipoclorito (ou água sanitária) para cada litro de água. Quanto aos vegetais em conserva importados é prudente evitá-los, já que nem sempre se sabe a procedência dos produtos e há sempre o risco de contraminação no momento da embalagem do produto.
Na última sexta-feira, a Alemanha identificou brotos contaminados como a origem do surto mortal da E.coli. A informação foi divulgada por Reinhard Burger, presidente do centro nacional de saúde pública do país.
Ainda de acordo com a nota, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento esclareceu que o Brasil não importa nenhum dos alimentos suspeitos de contaminação. A Anvisa afirma que não há motivo de preocupação por parte dos brasileiros, e que avalia atentamente a evolução do surto.
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