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Implante coclear

Os otorrinolaringologistas Rodrigo de Mendonça Vaz e João Paulo Lins Tenório realizaram esta semana uma das primeiras cirurgias de implante coclear de Alagoas numa criança com apenas dois anos. Como deve ser em todos os casos, primeiro foi testado o aparelho auditivo convencional, que na ocaisão não apresentou o resultado esperado. Em seguida, após a avaliação da equipe e o consentimento dos pais, optou-se pelo implante.
Segundo os dois especialistas, o implante coclear (ou ouvido biônico, como preferem os americanos) costuma apresentar os melhores resultados quando implantados em crianças com até cinco anos de idade, mesmo as que nunca ouviram sons (pré-linguais). Outros pacientes que podem se beneficiar são os adultos e jovens que perderam a audição por diferentes motivos: infecção, perda genética, doenças auto-imune etc .
Emoção
"Muitos adultos se emocionam quando ativam o implante coclear pela primeira vez, isso cerca de trinta dias após a cirurgia. Para nós, é uma grande satisfação poder ajudar esses pacientes, pois sabemos o quanto a perda auditiva pode ser isolante e ter consequências devastadoras na vida social do paciente", disse Rodrigo Vaz.
O implante coclear difere dos aparelhos auditivos convencionais, pois o implante estimula diretamente a região da cóclea e é realizado por meio de cirurgia sob anestesia geral.
"A alta médica pode ocorrer em 24 horas, mas o aparelho é ligado somente quatro semanas após a cirurgia, quando o paciente volta a ouvir os sons ao seu redor. É um momento marcante para todos nós", comentou João Paulo Lins Tenório. O trabalho do grupo multidisciplinar prossegue nos anos seguintes para que sejam realizados ajustes e para sessões de fototerapia
Atualmente, apenas as operadoras de saúde cobrem as cirurgias de implante coclear. Já o Sistema Único de Saúde ainda não realiza esta cirurgia em Alagoas por não haver um centro especializado credenciado pelo Ministério da Saúde, meta que deverá ser alcançada pela Santa Casa de Maceió nos próximos meses.