Hábito de fumar sobrecarrega o coração e o sistema circulatório
Quando o assunto é tabagismo e câncer logo vem à mente os cânceres de pulmão, de boca, de garganta e todos aqueles afetados diretamente pela fumaça de cigarros, charutos, cigarretes etc. No entanto, poucos sabem dos efeitos do fumo sobre outros órgãos como a pele, sistema digestivo, fígado, laringe, coração e o sistema circulatório, que reúne as artérias e veias que levam o sangue por todo o corpo.
“Quando um indivíduo fuma, substâncias químicas tóxicas do tabaco entram na corrente sanguínea. Alguns destes produtos enviam sinais para o coração e este passa a bater mais forte e mais rápido causando sua sobrecarga”, explicou o cardiologista Amilson Martins, da Hemodinâmica da Santa Casa de Maceió.
As substâncias tóxicas do tabaco lançadas na corrente sanguínea também favorecem a contração dos vasos sanguíneos, tornando-os mais estreitos e forçando o sangue a percorrer um espaço menor. “A associação desses efeitos pode causar hipertensão arterial sistêmica (pressão alta) com todas as suas conseqüências para o organismo”, completou o especialista, lembrando que os efeitos do tabaco no coração e sistema circulatório são responsáveis por enfermidades graves, deixando muitas vezes sequelas, incapacitando o indivíduo e levando a óbito.
O fumo também reduz o LDL (bom colesterol) e aumenta a probabilidade de aparecimento de placas de gordura nas artérias, que podem provocar o infarto do miocárdio. O fumo também aumenta o risco de trombose: formação ou desenvolvimento de um trombo (coágulo sanguíneo) provocando obstrução parcial ou total do vaso sanguíneo. Ao longo do tempo estes efeitos aumentam em quatro vezes o risco de infarto do miocárdio e de acidente vascular cerebral (derrame cerebral) comparando com os não fumantes.
Números
O tabagismo é responsável por:
25% das mortes causadas por doença coronariana (angina e infarto do miocárdio);
45% das mortes causadas por doença coronariana na faixa etária abaixo dos 60 anos;
45% das mortes por infarto agudo do miocárdio na faixa etária abaixo de 65 anos;
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