Adoção de critérios para incentivo a hospitais melhoraria atendimento no SUS
Para manter a qualidade no atendimento à população e os investimentos necessários é preciso a atualização das tabelas de remuneração do Sistema Único de Saúde e a definição de critérios técnicos bem definidos para o repasse de recursos públicos de incentivo aos hospitais. O diagnóstico foi apresentado pelo provedor da Santa de Maceió, Humberto Gomes de Melo, ao senador Renan Calheiros durante visita à instituição.
No encontro, o presidente do Senado reiterou seu compromisso em realizar gestões junto ao Ministério da Saúde para que as tabelas do SUS sejam atualizadas progressivamente, remunerando melhor e beneficiando toda a rede vinculada ao SUS.
Incentivo aos hospitais
O repasse de incentivos aos hospitais deveria levar em conta aspectos como produção ambulatorial e hospitalar; número de leitos e internações/mês; investimento em estrutura física e assistencial e, particularmente, a obtenção de certificações, como a Acreditação, que atestem a qualidade no atendimento e a segurança do paciente.
A definição de critérios técnicos para a transferência de tais recursos poderia ser utilizada pelos gestores públicos como ferramenta de estímulo aos dirigentes hospitalares para que invistam no SUS proporcionalmente ao repasse de recursos que recebam, privilegiando itens como qualificação de pessoal, modernização do espaço físico, adesão a novas tecnologias, adoção de novos protocolos e rotinas entre outras iniciativas que confiram ao SUS o mesmo padrão de atendimento da rede privada.
"O Hospital Nossa Senhora da Guia, unidade materno-infantil 100% SUS mantida pela Santa Casa de Maceió, é um exemplo de que o Sistema Único de Saúde pode superar o padrão de qualidade do setor privado. Para tanto bastam os incentivos necessários e, claro, a decisão do gestor", disse o provedor Humberto Gomes de Melo, convidando a todos para que visitem a maternidade a qualquer hora e sem aviso prévio para comprovar essa realidade. Ele lembrou ainda que mesmo recebendo o Prohosp do Estado, a maternidade gera um déficit superior a R$ 400 mil/mês subsidiado pela Santa Casa.
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