Especialista apresenta boas novas em relação câncer
O surgimento de 520 mil casos novos de câncer por ano em todo o mundo mostra a expansão da doença entre países ricos e pobres. Se em 1950 a expectativa de vida no Brasil era de 40 anos, hoje essa fronteira simbólica chega aos 74 anos, o que mostra a relação direta entre câncer e envelhecimento. Como a expansão do câncer é proporcional à idade e à exposição a agentes cancerígenos, resta então à Medicina buscar métodos de diagnóstico precoce e tratamentos mais eficazes, assim como orientar a população sobre como prevenir a doença.
“Cerca de 10% dos casos de câncer são hereditários. Porém, 90% são esporádicos, adquiridos durante a vida devido à exposição a agentes físicos, como a radiação solar ou ionizante; a agentes químicos, como o tabaco e o álcool (30% do casos de câncer têm origem no tabagismo); e a agentes biológicos, como os vírus da hepatite b e do papiloma humano (HPV)”, disse Ademar Lopes, fazendo o eco aos números apresentados por seus colegas oncologistas no Congresso Saúde 2013, promovido pela Santa Casa de Maceió.
Se a cura total e irrestrita do câncer ainda é algo distante, a Medicina vem tornando realidade esse sonho em neoplasias específicas. É o caso da vacina contra a hepatite b e contra o HPV. “A imunização de crianças, no Brasil, antes do início da vida sexual deverá reduzir ou até mesmo eliminar o câncer do colo do útero em até 40 ou 50 anos”, saúda Ademar Lopes.
O diagnóstico precoce nas fases iniciais do câncer reduz custos e evita a mutilação em 90% dos casos, daí a importância da consulta regular ao médico e, sobretudo, da mudança de hábitos cotidianos. Levar uma vida saudável, praticar atividades físicas, não fumar, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, evitar a exposição insalubre ao sol e realizar o aconselhamento genético em caso de câncer hereditário são outras iniciativas que podem prevenir o câncer.
“Quanto ao tratamento, o câncer é curável em até 60% dos casos se diagnosticado precocemente. Também são curáveis em outros estágios, mas desde que haja um diagnóstico preciso e um bom planejamento no tratamento. Para as mulheres, a retirada da mama não deve ser mutiladora, sendo possível conservar ou reconstruí-la. Em casos de câncer ósseo, pode-se preservar braços e pernas, evitando a amputação. Tudo dependerá do estadiamento, do planejamento e do conhecimento do médico”, finalizou Ademar Lopes.
Deixe uma resposta