Profissionais e serviço público têm de estar aptos para diagnosticar o câncer
O Congresso Multidisciplinar Saúde 2013 superou a expectativa da comissão organizadora ao reunir cerca de 500 participantes no centro de convenções do Hotel Jatiúca, na capital alagoana. O congresso é realizado a cada dois anos pela Santa Casa de Maceió.
O tom da maioria das palestras versou sobre a importância do diagnóstico precoce da doença. Para tanto, profissionais e rede pública de saúde devem estar capacitados e possuir a tecnologia necessária para receber os pacientes e confirmar o diagnóstico em tempo hábil, visando iniciar com brevidade o tratamento.
O tema foi tratado em mesas de atualização sobre os canceres de mama, pulmão, próstata, colorretal e do colo uterino, os mais prevalentes entre os alagoanos. “Um diagnóstico falho ou um exame que leva meses para ser realizado pode ser a diferença entre a vida e a morte. O paciente com câncer não pode esperar. A demora no diagnóstico pode até mesmo inviabilizar o tratamento”, alertou a médica Vera Lúcia Tenório, resumindo o pensamento de diversos profissionais que se revezaram no congresso.
Entre os palestrantes marcaram presença João Aderbal, Frederico Mansur, Mario Ronalsa, Mário Jucá, Frederico Rocha, Tereza Tenório, Renato Rezende, Wander Matos, Caio Cerqueira, Eliane Soriano, Jane Falcão (da Rede Ferminina de Combate ao Câncer) etc.
Diagnóstico tardio agrava doença
O câncer de colo uterino recebeu uma atenção especial na programação do Congresso Saúde 2013, uma vez que se trata da neoplasia mais prevalente entre as mulheres alagoanas. Em números absolutos, o câncer de colo uterino responde por 20,2% dos casos de câncer tratados na Santa Casa de Maceió nos últimos dez anos (2002-2012), totalizando 2.772 casos no período.
Para responder questões sobre o diagnóstico e o tratamento para este tipo de câncer foram convocados médicos de renome como Vera Lúcia Tenório, Aldo Barros, Divaldo Alencar e Robson Ferrigno.
Apesar da oncologia ser permeada por indicadores e termos técnicos, uma das palestrantes, a médica Vera Lúcia Tenório, lançou mão espontaneamente do bom humor para tratar do tema. Vera Lúcia salpicou sua fala com comentários que arrancaram risos do público, mas não poupou de críticas o serviço público de saúde e alguns colegas que falham no diagnóstico ou encaminham tardiamente o paciente, agravando a doença. Para esses momentos, os participantes do congresso responderam com aplausos.
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