Síndrome do ombro doloroso exige detalhada avaliação clínica
Falar em dor no ombro é mergulhar em uma das regiões mais complexas da estrutura músculo-esquelética do ser humano. A complexidade começa pelo diagnóstico. Diferente de outras partes do corpo, a síndrome do ombro doloroso exige uma detalhada avaliação clínica (anamnese) do paciente antes de se pensar em exames complementares, já que as causas da síndrome são inúmeras.
Na lista estão desde simples inflamações localizadas em pontos específicos do ombro até aquelas originadas em outras regiões, como a hérnia de disco, por exemplo, cujas dores irradiam para a região do ombro e podem dar um falso positivo.
Após uma detalhada análise do histórico clínico, da rotina e dos sintomas do paciente, o médico escolherá o exame complementar mais adequado para cada caso.
Em geral, a radiografia simples é usada nos casos de fratura e de doenças degenerativas. Já a ultrassonografia é utilizada quando se suspeita de problemas nos tendões e nos músculos. “Neste último caso, os melhores resultados dependerão da experiência do examinador, ou seja, do profissional que for realizar a ultrassonografia”, confidenciou Humberto Medeiros.
Por fim, os ortopedistas têm à disposição modernas tecnologias como a tomografia computadorizada (para avaliar as estruturas ósseas em geral) e a ressonância magnética (para avaliação de lesões do tipo músculo-tendinose e também para planejamento cirúrgico).
Obviamente, o tratamento dependerá da patologia diagnosticada. Na maioria dos casos, a literatura médica indica a administração de fármacos e a reabilitação física por meio da fisioterapia. Somente alguns poucos casos se exige a intervenção cirúrgica, são eles a lesão do manguito rotador; alguns casos específicos de fraturas; lesões labrais e tendinosas; e, por fim, deslocamentos provocados por luxações de ombros.
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