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Professor de educação física Amandio Geraldes e a médica do trabalho Francine Loureiro: deve-se sempre evitar os extremos

Você é do tipo que vai todo dia à academia, faz uma hora de esteira e mais uma hora de exercícios com elevada intensidade? E depois, encara oito horas de trabalho em frente ao computador e à noite curte um sofá e um controle remoto para ver sua novela, filme ou jogo favorito?
Se a resposta for sim, então você é um indivíduo com comportamento sendentário e pode vir a enfrentar os mesmos problemas de saúde de quem é 100% sedentário.
“O dia tem 24 horas, dos quais ao menos 8 horas o indivíduo passa dormindo. Se você dedica apenas uma ou duas horas à atividade física e o restante do tempo se entrega a hábitos sedentários, incluindo má alimentação, os benefícios da atividade física são anulados”, disse o empresário Amandio Geraldes, professor de educação física com doutorado em biodinâmica do movimento humano.
Agora, como contornar o sedentarismo que o trabalho impõe no dia-a-dia com computadores, smartphones e tablets?
“Ao invés de ficar sentado o dia todo, o trabalhador deve mudar pequenos hábitos e se movimentar. Há empresas que já adotam até estações de trabalho para estimular a permanência em pé”, diz o professor de educação física.
A médica do trabalho da Santa Casa de Maceió, Francine Loureiro, reforça a orientação e sugere mudanças em pequenos hábitos no local de trabalho: fazer uma breve pausa para o café, tomar uma água ou ir à mesa do colega de sala; substituir o elevador pela escada; andar pela empresa; e estacionar o carro ou descer num ponto de ônibus mais distante buscando percorrer um trajeto maior até a empresa. “Vale até mesmo dispensar o controle remoto em casa. O que não vale é ficar parado”.
Ela explica ainda que o sedentarismo é perigoso porque afeta o organismo como um todo, levando a uma série de comorbidades, entre elas a obesidade, que por tabela, favorece diversas patologias como o diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, entre outras.