Gestantes do SUS contam com parto humanizado no Hospital Nossa Senhora da Guia
Você já deve ter ouvido falar em parto humanizado. Mas, o que significa essa iniciativa, que virou lei em 2014 no Sistema Único de Saúde e vem sendo seguido à risca no Hospital Nossa Senhora da Guia?
Se antes a prioridade era checar a saúde do recém-nascido nos primeiros segundos de vida, hoje, no parto humanizado, o primeiro passo é o contato pele-a-pele da mãe com o recém-nascido, com o bebê encostado no abdômen ou no tórax da mãe. O corte do cordão umbilical, que antes era imediato, agora só pode ser feito após parar de pulsar. É o tempo necessário para que o bebê receba uma dose extra de ferro, evitando-se a anemia neonatal, icterícia etc.
A amamentação da criança na primeira hora de vida também é outra prioridade. “Nós precisamos estimular essa primeira mamada. Além de fornecer um aporte calórico para o bebê, a prática também acelera a descida do leite materno”, explica a enfermeira Lidiane Alves Gomes Rocha, lembrando que a unidade conquistou o selo Hospital Amigo da Criança do Unicef. Exame físico ou de profilaxia da oftalmia só são feitos após este primeiro contato.
Outro destaque importante no Hospital Nossa Senhora da Guia é a possibilidade de escolha do acompanhante e sua presença no parto, já adotada na unidade antes da nova lei entrar em vigor.
O parto humanizado envolve ainda o incentivo ao parto normal; a escolha da posição mais confortável; o estímulo às técnicas de alívio da dor (massagens, caminhada e exercícios com fisioterapeutas) e a redução de intervenções como a episiotomia (corte na região genital para facilitar a passagem do bebê) e a aplicação de ocitocina artificial.
Outro diferencial importante é o alojamento conjunto com o bebê e o amplo incentivo ao aleitamento materno exclusivo (eliminando-se chupetas e mamadeiras e disponibilizando fórmulas infantis apenas sob prescrição médica).
Os números comprovam o empenho da equipe do Hospital Nossa Senhora da Guia no estímulo ao parto humanizado. Se no passado as cesarianas eram mais recorrentes, em 2015 o parto normal representou 61% dos procedimentos contra 39% do parto cesáreo, com forte tendência à redução ainda mais substancial das cesarianas, tendo em vista que em dezembro último apenas 34% foram cesáreas e 66% normal.
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