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Verão: especialista alerta para efeitos nocivos da luz solar e das lâmpadas fluorescentes

Verão, praia, bronzeado e muito sol. A alta estação chegou e com ela um inimigo onipresente, sorrateiro e invisível: os raios ultravioletas oriundos do sol. Altamente nocivas à pele humana no longo prazo, essas irradiações penetram aos poucos nas camadas mais internas da pele, chegando a atingir até mesmo a massa muscular do indivíduo.
O problema é que os efeitos mais visíveis sobre a pele são as tradicionais queimaduras, ressecamento e escamação. Amenizados os sintomas, o banhista esquece os riscos e volta à rotina de exposição ao sol. “Ao longo da vida os reflexos sobre a pele vão se acumulando, podendo gerar doenças como o câncer de pele após os 40 ou 50 anos”, alerta o dermatologista da Santa Casa de Maceió, Zireli Valença.
É sabido que uma pequena quantidade de sol é necessária para organismo humano produzir a vitamina D. Porém, esta quantidade é menor do que aquela que produz o bronzeamento.
Além do envelhecimento da pele, o excesso à exposição solar causa cerca de 60 mil mortes por ano em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde. Estima-se que mais de 90% da carga global de doenças como melanoma e outros cânceres de pele sejam causados pela exposição à radiação ultravioleta (UV).
Ainda segundo Zareli Valença, esses riscos podem ser evitados com a adoção de medidas preventivas simples como evitar a exposição à luz solar nas horas em que o sol é mais intenso (entre 9h e 15h) e usar roupas claras, chapéu ou boné, óculos escuros com proteção e filtro solar com no mínimo fator 30 (ou mais alto, caso a pele seja clara ou sensível).
Os raios ultravioletas são invisíveis, por isso, os filtros solares devem ser usados até nos dias nublados, pois cerca de 40% a 60% da radiação atravessa as nuvens.
Pacientes com manchas escuras na pele devem ter cuidado redobrado com o sol e usar filtros com FPS de 45 a 60, pois são sensíveis a quantidades mínimas de ultravioleta.
Confira, a seguir, alguns mitos e verdades sobre os reflexos do sol – e até das lâmpadas fluorescentes – sobre a pele.

MITOS E VERDADES

O médico dermatologista Zireli de Oliveira Valença responde as principais dúvidas sobre o impacto dos raios ultravioletas na pele.
Queimaduras solares frequentes durante a vida podem causar câncer de pele?
Sim. O sol em excesso pode alterar o DNA das células, aumentando o risco de desenvolver câncer.

Mesmo não estando na praia, devo usar protetor solar?
Sim. Ele deve ser usado diariamente. O sol acelera o envelhecimento, pois causa desestruturação no colágeno da pele, substância responsável por manter a pele jovem.

Manchas e pintas na pele sempre têm relação com o sol?
Em parte. É preciso fazer uma investigação em cada paciente. Depende da predisposição genética da pessoa ou de alterações hormonais, como o uso de anticoncepcionais e a gravidez. O sol tem uma contribuição importante para o surgimento de manchas. Os raios solares ativam a melanina da pele, o que acaba causando manchas e sardas.

Pessoas negras precisam usar protetor solar?
Sim. Apesar de a pele negra ser mais resistente – por ter uma quantidade maior de melanina – ninguém está livre do câncer de pele. Por isso o protetor deve ser usado sempre. O fator mínimo de proteção é o 30.

O número do protetor solar tem relação com a cor da pele?
Não. Independente do tipo de pele deve-se usar sempre protetor solar de no mínimo FPS 30 ou maior. FPS é a abreviação de fator de proteção solar. O protetor deve ser passado em quantidade generosa por todo o corpo 30 minutos antes da exposição solar.

Lâmpadas fluorescentes fazem mal a pele?
Sim. Esse tipo de luz também emite raios ultravioletas. Por isso, se a pessoa fica muito tempo em um ambiente com essa luz ou muito próxima, é recomendável usar o protetor solar.

Protetores físicos como boné e guarda-sol substituem o protetor?
Não. Eles devem ser usados, mas como um complemento ao protetor solar. É ideal que o guarda-sol seja grosso para bloquear bem a passagem do sol. O problema é que a radiação refletida na areia e na água do mar ou do rio também é nociva.

Camisas ajudam a bloquear os raios do sol?
Ajudam, em parte, mas o protetor ainda é indispensável.

O protetor solar protege o dia inteiro?
Não. É preciso renovar o filtro na pele a cada duas ou três horas. Ao sair da praia é preciso passar o creme novamente.

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